quarta, 08 de maio de 2024
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Concessões de crédito crescem 8% em setembro e confirmam retomada econômica

27 outubro 2020 - 17h37Por Redação SpaceMoney

As concessões de crédito para pessoas físicas e jurídicas cresceram 8%, em setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados na última segunda-feira (26). No acumulado anual, mesmo com os meses mais afetados pela pandemia de covid-19 incluídos, o crescimento das concessões é de 6%.

Em um relatório divulgado na última segunda-feira (26), o Banco Inter afirma que o crescimento do crédito é um importante indicador do desempenho da economia brasileira. “Além de confirmar a forte retomada do 3º trimestre, [o indicador] aponta que o último trimestre do ano também pode surpreender positivamente”, declara a instituição.

Outro indicador destacado no documento é o de inadimplência, que atingiu a mínima histórica de 2,4% em setembro. O banco explica que a queda deve-se a retração econômica e redução dos gastos pelas famílias e empresas brasileiras. No entanto, o Inter espera que no próximo ano, com o fim dos auxílios de crédito e fiscais, a inadimplência volte a seu patamar usual, entre 3% e 4%.

Crédito para famílias e empresas

No segmento de pessoas físicas (PF) a alta nas concessões de crédito livre foi de 19% no trimestre encerrado em setembro, com destaque para financiamentos de veículos e cartões de crédito. 

Para pessoas jurídicas (PJ) o crescimento foi de 12% nos últimos 12 meses; já no segmento de médias e pequenas empresas esse número salta para 18%. Segundo o documento, o crescimento expressivo tem sido maior nas linhas de financiamento de capital de giro, como desconto de duplicatas e antecipação de recebíveis. 

O crescimento pode ser explicado pela queda das taxas de juros que ocorreram em ambos os segmentos. No PJ, a taxa média caiu para 11,4% e para PF chegou em 38%. O Inter aponta que parte da redução é explicada pelo “mix de financiamento, que inclui linhas emergenciais do BC como parte do pacote anti-crise e que possuem taxas menores”.