quinta, 28 de março de 2024
Ibovespa

Com demissão de Moro, Ibovespa tomba mais de 5%; dólar bate recorde no fechamento a R$ 5,66

24 abril 2020 - 17h19Por Redação SpaceMoney

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, encerrou o pregão desta sexta-feira (24) em forte queda. As perdas foram de 5,45%, aos 75.330,61 pontos. A sessão negativa veio de tensões políticas, com Sérgio Moro anunciando sua demissão do ministério da Justiça. Com isso, mais cedo, o índice chegou a registrar perdas de mais de 9%, se aproximando de um novo circuit breaker. Já o dólar, dando continuidade à onda de alta, fechou novamente em patamar recorde, com a aversão a risco somada às sinalizações de que o ciclo de corte de juros não acabou. A moeda norte-americana teve valorização de 2,54%, cotada a R$ 5,668. Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

No Japão, o Nikkei 225 fechou com alta de 1,52%, enquanto o Shangai Composite teve queda de 0,19%. Na Europa, DAX 30 recuou 1,69%, enquanto FTSE 100 caiu 1,28%. CAC 40 perdeu 1,3%. Nos Estados Unidos, Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 operaram em campo positivo, avançando 1,11%, 1,65% e 1,39%, respectivamente.

Moro

Na madrugada desta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro exonerou o diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Desde ontem, depois que soube da decisão do líder do Executivo, Sérgio Moro considerava deixar o cargo. O ex-juiz da Lava Jato confirmou a decisão de sair do governo durante uma coletiva de imprensa. Por volta das 17h, quando os mercados brasileiros encerravam o pregão, o presidente Bolsonaro fazia pronunciamento sobre o caso.

Balanços

Começa hoje a temporada de resultados das empresas para o primeiro trimestre de 2020. A Hypera abre a largada para uma série de demonstrativos financeiros que começam a mostrar os impactos da pandemia de coronavírus nos negócios.

Estímulos ao redor do mundo

Nos EUA, novo pacote econômico no valor US$ 484 bilhões para pequenas empresas e hospitais foi aprovado. Na União Europeia, a reunião com líderes resultou num acordo de 540 bilhões de euros para empresas do bloco econômico. No entanto, os países ainda têm discordâncias em diversos pontos do financiamento, e a demora nas definições impacienta investidores.