Com a disseminação crescente do novo coronavírus no Brasil, algumas seguradoras anunciaram que vão ignorar a cláusula de exclusão sobre pandemias nas apólices de seguro de vida, assegurando a indenização a beneficiários de vítimas fatais da Covid-19. No entanto, enquanto essas companhias terão de lidar com despesas imprevistas, outro fator pode lhes ser favorável: o interesse das pessoas físicas pelo produto parece estar aumentando.
Coriolano Teixeira, gerente regional em São Paulo da Icatu Seguros, estima que a busca por seguros de vida individuais na companhia tenha crescido cerca de 150% entre março em abril deste ano — período que coincide com a explosão dos casos de Covid-19 no país. O executivo, ressalva, porém, que muitos interessados não efetivaram ainda a contratação do produto.
Já na Porto Seguro, a renovação de seguros contratados se intensificou, “o que pode refletir a preocupação das pessoas em manter a sua proteção em tempos de incerteza”, afirma Marcelo Picanço, diretor geral de seguros e investimentos.
Na mesma linha, Olivio Luccas, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA) e Escola de Negócios e Seguros (ENS), afirma que o mercado apresenta um “sentimento de maior procura”, que poderia ser um reflexo direto da disseminação do coronavírus no país. “Há um medo de deixar a família desamparada”, explica.
Mas será que, para quem ainda não tem seguro de vida, vale a pena correr atrás disso agora?
A planejadora financeira da SpaceMoney, Thabata Abreu, diz que a contratação de um seguro de vida agora pode ser interessante para pessoas que se enquadrem dentro das faixas de risco em relação à Covid-19. Mas ela alerta que isso deve ser feito com responsabilidade nas finanças pessoais, já que a pandemia ameaça a renda mensal das famílias. “É um momento sensível para tomar decisões.”
No Brasil, a penetração dos seguros de vida ainda é considerada baixa por especialistas e executivos do setor. Isso foi constatado pela pesquisa feita pelo Ibope, por encomenda da Prudential Brasil, e publicada em setembro de 2019. Segundo o levantamento, apenas 15% das duas mil pessoas consultadas tinham alguma cobertura por morte natural.
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