Segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia no Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), o saldo de empregos formais em março foi negativo em 43,196 mil vagas. O resultado veio muito abaixo do esperado, uma vez que a mediana das projeções do mercado indicava a criação de 80 mil postos de trabalho. Em março do ano passado o saldo havia sido positivo, com 56 mil novos empregos, após quedas no mesmo mês dos dois anos anteriores, como resultado da crise.
A queda neste ano preocupa, afirma José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, uma vez que o mercado de trabalho mostrava sinais de aceleração, acumulando nos dois meses anteriores 207 mil novas vagas, ambos com resultados acima do esperado. Com o resultado de março, o primeiro trimestre deste ano acumulou saldo positivo de 164 mil empregos formais, aproximadamente 30 mil vagas abaixo do acumulado no mesmo período do ano anterior.
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Mais um sinal de que a recuperação da economia do país perdeu força neste início de ano, afirma Gonçalves.
Em doze meses, foram acumulados 391 mil novos empregos, saldo levemente inferior ao acumulado em fevereiro (491 mil), mas significantemente superior ao resultado em março de 2018 (141 mil). O saldo acumulado em doze meses mantém nível estável em torno de 400 mil empregos desde setembro do ano passado.