quinta, 25 de abril de 2024
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C&A sobe mais de 7%; controlador estuda venda, diz jornal

19 outubro 2020 - 18h51Por Investing.com

Por Leandro Manzoni, da Investing.com - As ações da C&A Brasil (SA:CEAB3) dispararam nesta segunda-feira e fecharam em forte alta na B3, bem acima da alta do Ibovespa hoje. A forte valorização vem na esteira de uma informação do jornal Valor Econômico, de que o controlador estaria estudando a venda da operação brasileira, um ano após abrir o capital na bolsa brasileira.

Os papéis da varejista de moda subiram 7,27% a R$ 13,73, com mínima em R$ 13,22 e máxima em R$ 14,19, com volume financeiro em R$ 93,31 milhões. O Ibovespa avançou 0,36% a 98.658 pontos.

De acordo com o jornal, a família Brenninkmeijer considera vender os 65% da posição que detém na operação brasileira, para concentrar as operações do grupo holandês na Europa. Se concretizada, a venda viria depois de a família desfazer das operações do México, em fevereiro, e da China, em agosto. Estariam interessados na subsidiária brasileira fundos de private equity. O jornal também afirma que a matriz tem prospectado o mercado, para testar interesse de fundos e grupos estratégicos.

Com operação em 18 de países, a C&A é a quarta maior varejista de moda do Brasil em número de lojas, com 288 estabelecimentos, e a terceira em receita, com faturamento em R$ 1,2 bilhão até junho deste ano.

IPO em 2019

A C&A Brasil realizou sua abertura de capital na B3 em outubro do ano passado, com a venda de 35% da posição da família Brenninkmeijer por quase R$ 814 milhões por meio de oferta secundárias. A venda de ações foi através de posições detidas por empresas da famílias (Cofra Investments e Incas S.A.). Além disso, o destino de 90% da oferta primária foi para o pagamento de empréstimos de empresas do grupo e apenas 10% para o plano de expansão.

O IPO saiu no piso da faixa indicativa, a R$ 16,50 por ação.

Em 2020, os papéis acumulam queda de 23,72%, com mínima de R$ 4,67 durante o auge da crise em 19 de março e máxima de R$ 18,22, alcançada ainda no primeiro pregão do ano.

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