quinta, 25 de abril de 2024
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Braskem desaba quase 20% com fim das negociações com a LyondelBasell

04 junho 2019 - 11h07Por Investing.com
Investing.com - Na parte da manhã desta terça-feira as ações da Braskem (SA:BRKM5) despencam 19,68% a R$ 33,09, liderando as perdas do Ibovespa. O mercado reage negativamente à notícia de que a Odebrecht encerrou sem sucesso as negociações para a venda da petroquímica para a LyondelBasell. Em março, a Reuters havia informado que as conversas da LyondellBasell com a Odebrecht sobre um possível acordo de 11 bilhões de dólares pela Braskem haviam esfriado devido a questões ligadas ao atraso no envio de documento ao órgão regulador norte-americano e a um contrato de fornecimento de nafta com a Petrobras (SA:PETR4). A Odebrecht, que vem tentando se reestruturar depois de participação no escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato, vinha discutindo o acordo com a Lyondell há mais de um ano e meio. Em comunicado, a LyondellBasell disse que encerrou as negociações com a Odebrecht “após cuidadosa consideração”, mas não deu mais detalhes. Já a petroquímica brasileira disse que foi informada pela Odebrecht “da decisão em conjunto com a LyondellBasell de encerrar as tratativas a respeito da potencial transação envolvendo a transferência à LyondellBasell da totalidade da participação da Odebrecht no capital social da Braskem”. “A administração da companhia seguirá em busca de oportunidades que tenham o potencial de agregar valor à Braskem e, consequentemente, a todos os seus acionistas”, afirmou a empresa brasileira em fato relevante. Em maio, a Braskem informou que suas ações listadas nos EUA seriam deslistadas da bolsa de Nova York depois que a companhia não entregou formulário 20-F de 2017 no prazo. O conselho da Lyondell havia decidido que não concluiria o acordo antes que a Braskem registrasse seu relatório anual 20F de 2017 com a Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos, disse uma fonte à Reuters. As conversas entre Odebrecht e LyondellBasell vinham sendo acompanhadas de perto pela Petrobras, que divide o controle da Braskem com a Odebrecht e aguardava a conclusão da operação para avaliar possibilidade de venda de sua fatia na empresa ao mesmo comprador.