Disputa Religiosa

Bola de Neve acusa Denise Seixas, ex-esposa do apóstolo Rina, de invasão e disputa pelo comando da igreja

Defesa alega que a ex-esposa de apóstolo Rina tem direito de acesso como co-fundadora e pastora

Bola de Neve acusa Denise Seixas, ex-esposa do apóstolo Rina, de invasão e disputa pelo comando da igreja

A Igreja Bola de Neve está no centro de uma disputa interna desde a morte do fundador, apóstolo Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, o Rina, em novembro de 2023.

O atual conselho administrativo da instituição acusou a pastora Denise Seixas, ex-esposa de Rina, de invadir a sede da igreja em São Paulo no dia 29 de novembro.

De acordo com o colegiado, Denise Seixas teria adotado uma postura agressiva, “demitiu” funcionários como se ainda ocupasse cargos de liderança na igreja.

Em resposta, o conselho administrativo entrou com um processo de reintegração de posse para impedir que a pastora continue a acessar as dependências da instituição.

A acusação de invasão

Segundo o conselho, a entrada de Denise Seixas na sede foi intimidatória. A pastora teria chegado acompanhada de advogados, o que teria causado desconforto nos funcionários, que se retiraram do local.

Um vídeo do dia 29 de novembro mostra Denise Seixas, vestida de vermelho, em circulação pelos corredores e depois a ex-esposa de Rina entrou em uma sala junto com dois homens.

Embora Seixas tenha deixado a igreja no mesmo dia, o pedido de reintegração de posse visa formalizar que sua presença no local seria irregular, de acordo com o conselho administrativo.

A defesa da pastora alega que ela tem pleno direito de frequentar a sede e os templos da Bola de Neve como co-fundadora e pastora da instituição.

Segundo seu advogado, Anderson Albuquerque, Denise Seixas visitou a igreja “quando necessário” e não existe impedimento para isso.

Ela foi à igreja porque preside. Pode entrar e sair na hora que quiser”, afirmou o defensor.

A defesa argumenta que os autores do processo não têm procuração válida ou legitimidade para representar a Bola de Neve no Judiciário.

Disputa pelo comando da Bola de Neve

A situação se tornou mais delicada após a morte de Rina em um acidente de moto em Campinas, em 17 de novembro.

Em agosto, Denise havia renunciado formalmente ao cargo de vice-presidente da igreja como parte do acordo de divórcio com o apóstolo.

O documento estabelecia que ela manteria o título de co-fundadora e receberia uma remuneração mensal de R$ 10 mil, além de um plano de saúde.

No entanto, durante o velório de Rina, a falta de assinatura em uma minuta do acordo de renúncia causou atritos entre familiares e membros da igreja.

Segundo a defesa de Denise Seixas, o divórcio não foi formalizado judicialmente, e as partes ainda discutiam uma possível reconciliação.

Ação judicial e crise interna

Em 18 de novembro, o conselho administrativo da igreja elegeu Gilberto Custódio de Aguiar como vice-presidente interino.

Desde então, os advogados da instituição têm atuado para assegurar a estabilidade da administração, enquanto o processo de reintegração de posse segue na Justiça.

Com informações de Metrópoles.