sexta, 26 de abril de 2024
Banco do Brasil

BB-BI coloca Banco Inter em revisão com a lenta capacidade de monetização da base

10 maio 2019 - 17h28Por Investing.com
Investing.com - Após a divulgação do resultado do Banco Inter (SA:BIDI4) no primeiro trimestre de 2019, o Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) colocou os ativos em revisão. O ponto positivo segue sendo o impressionante ritmo de crescimento na base de clientes, mas a monetização ainda não foi concretizada. Dada a menor visibilidade sobre a capacidade de rentabilizar sua base de clientes, a equipe do BB-BI entende que o modelo atual não reflete essa nova dinâmica de posicionamento do Inter, fator pelo qual a recomendação e preço-alvo foram colocados em revisão. O Inter apresentou no 1T19 um lucro líquido de R$ 12 milhões (-46,1% t/t e +7,8% a/a), com um ROE de 5,1%, queda de 440 pontos base na comparação trimestral. Como ponto positivo, na visão do BB-BI estão o crescimento da receita de serviços em 106,5% a/a; início de parceria com a Wiz (SA:WIZS3) para venda de seguros; e o atingimento da marca de 2 milhões de clientes.

O seu dinheiro não pode ficar nem mais um minuto sem render! Abra uma conta na Órama e comece a investir!

No trimestre, o Banco Inter abriu 489 mil contas, atingindo o marco de 2 milhões de clientes. Para o final do ano, a empresa informou em teleconferência que trabalha com um número de 3,5 milhões de clientes ativos, embora não exista um guidance formal ao mercado. O crescimento da receita de serviços de 106,5% na comparação anual, está alinhado com a expectativa do banco de elevar, cada vez mais, a importância dessa rubrica na formação do resultado. Outro ponto que ganhou destaque foi o anúncio de que a Wiz comprou 40% da subsidiária de seguros do Banco Inter por R$ 114 milhões. Desse valor, R$ 45 milhões serão pagos à vista, e outro R$ 69 milhões serão divididos em quatro parcelas variáveis, de acordo com metas atreladas ao EBITDA da Inter Digital entre 2020 e 2023. Apesar disso, o BB-BI considera que o resultado financeiro apresentado pela companhia ficou aquém de seu potencial, com queda de 3,5% t/t, atribuída à queda do IGPM no 4T18, que impactou negativamente sua carteira imobiliária. Além disso, outros pontos apresentaram deterioração, como as despesas de PDD, as quais aumentaram 29,4% t/t e 38,7% a/a. Outra linha importante que apresentou uma piora foram as despesas não-juros, que apresentaram um crescimento de 15,7% t/t e 75,2% a/a.