Balanço da Disney e acordo China-EUA entre as notícias de hoje no mercado
07 novembro 2019 - 10h49Por Investing.com
Investing.com - Mais e mais sinais de que um acordo de "fase 1" com a China está se aproximando, além de uma surpresa positiva da Qualcomm, mas mais melancolia dos analistas e empresas da Europa.
A Disney relata os ganhos após o fechamento, enquanto o Banco da Inglaterra enfrenta novamente os velhos problemas de incerteza política e seu impacto na economia do Reino Unido.
Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros nesta quinta-feira, 7 de novembro.
1. China otimista sobre reversão tarifária
O Ministério do Comércio da China disse que concordou, em princípio, com os EUA em reduzir as tarifas de importação dos produtos de ambos os países como parte de um acordo de "fase 1" para diminuir a disputa comercial.
"Se a China e os EUA chegarem a um acordo de fase um, ambos os lados devem reverter tarifas adicionais existentes na mesma proporção, simultaneamente, com base no conteúdo do acordo, que é uma condição importante para se chegar ao acordo", disse o porta-voz Gao Feng, segundo a Bloomberg.
Os comentários são o sinal mais claro ainda de que o aspecto mais economicamente prejudicial da disputa comercial pode ser atenuado no curto prazo, embora os EUA ainda não tenham confirmado a versão chinesa da situação. O iuan se fortaleceu ainda mais abaixo de 7 por dólar.
Enquanto isso nesta quinta-feira, a China também condenou publicamente nove pessoas à prisão por vender ilegalmente o fentanil a compradores dos EUA, em resposta a uma das outras grandes preocupações de Washington.
2. Surpresa de ganhos da Qualcomm
A fabricante de chips Qualcomm disse que a disputa comercial não atingiu seu desempenho no trimestre mais recente como se temia, publicando números e receitas acima do esperado após o sino de fechamento na quarta-feira que enviou as ações da empresa 3% nas negociações fora do horário comercial.
A receita caiu para US$ 4,8 bilhões nos três meses até setembro, uma queda de US$ 1 bilhão em relação ao ano anterior, mas ainda US$ 100 milhões à frente das previsões, enquanto os lucros pro forma por ação caíram 12%, para 78 centavos. A Qualcomm era e ainda aspira ser um importante fornecedor da Huawei. O governo dos EUA prometeu que "muito em breve" emitirá licenças para algumas das 260 empresas que solicitaram isenções à proibição de vendas para a gigante chinesa das telecomunicações.
3. Ações devem abrir em alta
Os futuros dos EUA estão definidos para abrir em alta na sequência das notícias da China durante a noite, diminuindo os sinais da fraqueza global em curso visível nos dados europeus e nos relatórios das empresas.
Às 7h25, os contratos futuros da Dow subiam 149 pontos, ou 0,5%, enquanto os contratos futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiam 0,5%
O destaque dos ganhos de hoje é a Walt Disney, que deve divulgar após o fechamento do mercado. Os analistas estão prevendo lucro por ação de 95 centavos em US$ 19,29 bilhões em receita.
Os relatórios também incluem Booking.com, Air Product, Activision Blizzard, Worldpay, Keurig Dr. Pepper, Monster Beverage e Dish Network, entre outros.
4. As dificuldades econômicas da Europa
A Comissão da União Europeia cortou suas previsões de crescimento e inflação, alertando que o pior ainda pode estar por vir para a economia da zona do euro.
A Comissão disse que o crescimento permanecerá lento até 2021, com previsão de 1,2%, enquanto espera que a inflação fique em torno de 1,3%, bem abaixo da meta do Banco Central Europeu, de pouco menos de 2%.
Também ficou implícito que não espera nenhum grande estímulo fiscal da Alemanha e da Holanda, os dois principais países da zona do euro com os balanços soberanos mais fortes.
Em outras partes da Europa na quinta-feira, a produção industrial da Alemanha caiu mais do que o esperado em setembro, enquanto a empresa de elevadores industriais Siemens emitiu uma previsão sombria para o próximo ano fiscal; as ações da ArcelorMittal, a maior siderúrgica do mundo, caíam após perder as previsões e cortar suas estimativas para a demanda global de aço no próximo ano.
5. BoE atualiza o mercado sobre Brexit e riscos eleitorais para a economia
O comitê de política monetária do Banco da Inglaterra deve anunciar os resultados de sua última reunião às 8h (horário de Brasília).
Embora se espere que o comitê deixe as taxas de juros inalteradas novamente, há expectativas de orientações mais claras para reduzi-las em vista da desaceleração econômica global e da deterioração sustentada das condições domésticas devido à incerteza incessante sobre o Brexit.
Essa incerteza foi agravada pelo anúncio de eleições rápidas para 12 de dezembro. Pesquisas de opinião sugerem que os conservadores de Boris Johnson serão maior partido do novo parlamento, mas sua capacidade de formar uma maioria dependerá dos caprichos da maioria simples do sistema eleitoral. Os partidos que se opõem ao Brexit anunciaram na quinta-feira um pacto eleitoral formal com o objetivo de maximizar as chances de candidatos anti-Brexit.
