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Análise Levante: aumento da CSLL já está nos preços das ações dos bancos

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*Por Eduardo Guimarães

O relatório da reforma da Previdência não deverá poupar os bancos do aumento da alíquota da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) de 15 para 20 por cento. Por outro lado, a notícia positiva vem para a B3, que deverá continuar sem aumento da CSLL (estável em 9 por cento)

E eu com isso?

A notícia é negativa para os bancos no curto prazo, com impacto no preço das ações no curto prazo. Nesta segunda-feira (1/jul), as ações tiveram desempenho inferior ao Ibovespa: Itaú (ITUB4) queda de -0,5 por cento, Bradesco (BBDC4) alta de +0,2 por cento, Banco do Brasil (BBAS3) redução de -0,1 por cento e Santander (SANB11) aumento de +0,6 por cento.

Por outro lado, as ações da B3 tiveram alta de +1,8 por cento, acima da valorização de +0,4 por cento no Ibovespa nesta segunda-feira (1).

Acreditamos que o aumento da CSLL já está no preço das ações dos bancos, enquanto que o mercado parece esperar que a B3 ficará livre do aumento de imposto (CSLL).

Os bancos poderão compensar o aumento da CSLL com a utilização de créditos tributários e até mesmo repassar o aumento aos consumidores com elevação dos spreads bancários (diferença entre o custo de captação do banco e custo do empréstimo ao cliente).

*Eduardo Guimarães é especialista em ações na Levante, empresa de recomendações, análises e carteiras de investimentos. Esta coluna é de inteira responsabilidade da Levante e não reflete, necessariamente, a opinião da SpaceMoney.