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Aluguel sobe 0,56% em maio e supera inflação, mostra FipeZap

18 junho 2019 - 09h23Por Angelo Pavini
Em maio, o valor médio do aluguel no país subiu 0,56%, a sexta alta mensal consecutiva, segundo o Índice FipeZap de Locação Residencial, parceria entre o instituo de estudos Fipe e a Zap Imóveis. O estudo considera apenas aluguéis novos, já que os antigos são reajustados por índices contratuais, em geral o IGP-M. O percentual de maio superou novamente a inflação medida pelo IPCA do IBGE (+0,13%), representando uma alta real do preço médio de locação de imóveis residencial no último mês de +0,43%. Com esse resultado, o Índice FipeZap acumula alta nominal de 3,07% nos cinco primeiros meses de 2019, resultando que supera a inflação de 2,22% calculada pelo IPCA, mas perde para a inflação de 3,56% medida pelo IGP-M (FGV). Considerando o IPCA, usado pelo Banco Central como referência para suas metas, a variação acumulada do Índice FipeZap no ano indica uma alta real de 0,84% no aluguel, reforçando a tendência positiva para os donos de imóveis observada desde o ano anterior. Em 12 meses, o Índice FipeZap acumula alta nominal de 3,50%, mas com variação inferior à dos preços, que segundo o IPCA do IBGE subiram 4,66% e 7,64% segundo o IGP-M da FGV. Assim, apesar da alta real acumulada em 2019, a variação real do índice em 12 meses é negativa em 1,10% em relação à inflação do IPCA. A diferença dos preços de mercado em relação ao IGP-M também pode indicar espaço para negociação de reajustes entre inquilinos e proprietários na renovação de contratos antigos. São Paulo apresentou alta de 0,63% em maio, um pouco menos que o 0,74% de abril. Mas o acumulado no ano supera a média nacional, com 3,83%, assim como a variação em 12 meses, com 4,95%. No Rio, a alta em maio foi de 0,05%, depois de 0,36% de ganho em abril. No ano, a cidade acumula alta de 1,83%, abaixo da inflação e da média do país. Em 12 meses, os aluguéis no Rio acumulam queda de 1,89%, reforçando o cenário de crise econômica por que passa o Estado. Entre as 11 capitais monitoradas pelo Índice FipeZap, Fortaleza foi aquela que apresentou a maior elevação de preço em maio (+2,75%), enquanto Belo Horizonte foi a única cidade monitorada a apresentar queda no preço médio de locação residencial no período (-0,21%). Já considerando 12 meses, Curitiba lidera com o maior aumento nominal de preço no período (+11,37%), seguida por Florianópolis (+9,88%) e Brasília (+7,84%). Mas o Rio de Janeiro (-1,89%) se mantém como a única capital monitorada a apresentar recuo do preço médio do aluguel residencial no intervalo dos últimos 12 meses. O preço médio de locação residencial em maio foi de R$ 28,79/m² entre as 25 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap. Considerando as 11 capitais monitoras, São Paulo se manteve como a capital com o preço do m² mais elevado (R$ 38,17/m²), seguido por Rio de Janeiro (R$ 30,67/m²) e Brasília (R$ 28,93/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de locação residencial no último mês analisado, destacaram-se: Goiânia (R$ 16,43/m²), Fortaleza (R$ 16,49/m²) e Curitiba (R$ 18,88/m²). A rentabilidade do aluguel, calculada pela divisão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis, que dá uma medida da rentabilidade para o investidor que opta por um imóvel para obter renda com aluguel, subiu para 4,59% em maio, ante 4,43% em dezembro de 2018. O indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a outras opções de investimento disponíveis. Segundo a FipeZap, o percentual superaria o retorno médio oferecido por aplicações financeiras de referência, considerando esse percentual um ganho real, já que os preços dos imóveis tendem a seguir a inflação.

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