sexta, 19 de abril de 2024
Ibovespa

Ibovespa opera em forte alta e dólar em baixa com votação da Previdência

04 julho 2019 - 10h08Por Redação SpaceMoney

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa paulista, a B3, abriu esta quinta-feira (4) em alta, operando com valorização de 1,45% aos 103.519 pontos às 11h10. Como o feriado de 4 de Julho nos Estados Unidos levará a uma menor liquidez nos mercados, a jornada deve ser quase toda centralizada nas negociações para aprovação do relatório da reforma da Previdência. Por sua vez, o dólar operava em baixa em relação ao real, com queda de 1% a R$ 3,7865. A comissão especial da reforma da Previdência na Câmara liberou a pauta depois de quase seis horas de uma reunião que invadiu a madrugada e deve votar nesta quinta-feira o novo parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), após pressões de última hora e um vaivém nas negociações. O presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), convocou reunião do colegiado para as 9h da manhã a fim de votar o texto principal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras previdenciárias, informou a Agência Câmara. Caso seja aprovada hoje na Comissão Especial, aumenta a probabilidade de o tema ser votado em dois turnos no plenário da Câmara ante do recesso parlamentar que se inicia em 18 de julho. EUA x China Representantes dos Estados Unidos e da China estão organizando para a próxima semana a retomada das negociações para resolver a guerra comercial entre duas maiores economias do mundo, disseram autoridades norte-americanas na quarta-feira. “Essas discussões continuarão com seriedade nessa próxima semana”, disse o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, a repórteres. Um funcionário do Gabinete do Representante de Comércio dos EUA afirmou depois que os dois lados estão em processo de marcar uma teleconferência com autoridades chinesas para a próxima semana. Bolsas Internacionais Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,30%, a 21.702 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,21%, a 28.795 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,33%, a 3.005 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,52%, a 3.873 pontos. Nos mercados europeus, a quinta-feira se mostra de indefinição nas principais praças. Em Frankfurt, o DAX registra alta de 0,03% aos 12.620 pontos, enquanto que em Londres o FTSE soma 0,07% aos 7.614 pontos. Já em Paris, o CAC cede 0,03% aos 5.617 pontos. Commodities Depois de dias com ganhos expressivos, a sessão desta quinta-feira na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Dalian foi marcada por perdas nos contratos futuros do minério de ferro. O ativo de maior liquidez, com data de vencimento em setembro do atual calendário, a queda foi de 3,77% a 868,00 iuanes por tonelada, o que representa uma variação diária de 34 iuanes. A jornada também foi de perdas nos principais papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados na bolsa de mercadorias da também chinesa cidade de Xangai. O contrato com o maior volume de negócios, para outubro deste ano, teve queda de 18 iuanes para 4.024 iuanes por tonelada. O segundo mais líquido, para janeiro de 2020, caiu 6 iuanes para 3.756 iuanes por tonelada. Cenário de indefinição de rumo é registrado também para os preços do petróleo nas principais praças. Em Nova York, o barril do tipo WTI cede 0,21%, ou US$ 0,12, a US$ 57,22. Já em Londres, o Brent soma 0,14%, ou US$ 0,09, a US$ 63,91. Mercado Corporativo Energia Solar A Lightsource BP, veículo da petroleira britânica BP (BP.L) para investimentos em energia solar, anunciou a aquisição junto à desenvolvedora Enerlife de um pacote de projetos no Brasil com cerca de 2 gigawatts em capacidade, em um negócio cujo valor não foi revelado, segundo nota da companhia nesta quinta-feira. A transação soma-se a outras apostas recentes de grandes multinacionais de petróleo no setor elétrico do Brasil, em movimento que busca aproveitar o potencial do país para fontes renováveis em meio a apostas de uma transição global rumo a uma economia de baixo carbono. Segundo a Lightsource BP, o portfólio adquirido junto à desenvolvedora “consiste em 1,9 gigawatts de projetos solares em desenvolvimento”. Mineração Propostas para elevar taxas sobre a indústria de mineração e acabar com barragens de rejeitos no Brasil, apresentadas na véspera por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado sobre o desastre de Brumadinho, foram criticadas por uma associação que representa investidores do setor. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que tem entre os associados empresas como a Vale (SA:VALE3) e a Nexa, da Votorantim, argumentou nesta quarta-feira que medidas defendidas pelo relatório final da CPI demandariam mais estudos e poderiam gerar insegurança jurídica. A CPI foi criada para investigar o rompimento de uma barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho (MG), em janeiro. Além de recomendar o indiciamento da mineradora, da responsável pelo laudo de estabilidade da estrutura (TÜV SÜD) e de diversos executivos, ela também propôs a criação de leis mais severas para o setor. Wilson Brumer, presidente do conselho do Ibram, disse à Reuters que a CPI tinha como objetivo investigar e avaliar questões que aconteceram em uma única mineradora, mas terminou por apresentar propostas que penalizariam todo o segmento. Seguros A Brasilprev, braço de previdência privada da BB Seguridade (SA:BBSE3), prevê dobrar a base de seu plano para o público de baixa renda até o fim do ano para enfrentar a crescente concorrência no setor. Criado no fim do ano passado, o Brasilprev Fácil tem atualmente cerca de 65 mil clientes. A meta é chegar a 130 mil até dezembro, disse o presidente da Brasilprev, Walter Malieni. A contribuição mensal média para esses planos é de 250 reais. “Embora a economia do país ainda não esteja ajudando, há um grande e crescente público potencial que ainda não está sendo atendido”, disse Malieni à Reuters. A ofensiva acontece em meio à tramitação da proposta de reforma da Previdência no país, o que pode multiplicar o mercado complementar aberto, hoje com ativos de cerca de 870 bilhões de reais. Shopping Center As vendas em shopping centers do Brasil em maio subiram 9,8% sobre o mesmo período do ano passado, o segundo melhor desempenho mensal de 2019, afirmou nesta quarta-feira a associação que representa o setor, Abrasce. O crescimento das vendas de maio, que concentra a principal data de compras do primeiro semestre, o Dia das Mães, ficou atrás das vendas de fevereiro, quando o setor apurou expansão de 11,7%, afirmou a entidade, citando dados do Índice Cielo (SA:CIEL3) de Varejo em Shopping Centers. A Abrasce já havia informado em meados de maio que as vendas no período do Dia das Mães tinham subido 9,4% sobre o mesmo período do ano passado, superando expectativas do setor. Agenda de Autoridades A manhã desta quinta-feira começa com o presidente Jair Bolsonaro se reunindo com a Senadora Soraya Thronicke (PSL/MS) e Youtubers de Direita. Em seguida, participa de café da manhã com ministros e líderes da base governista. Ainda pela manhã, Bolsonaro estará presente na Solenidade de Posse do General Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República. Na parte da tarde, o presidente recebe Tarcísio Gomes de Freitas, Ministro de Estado da Infraestrutura, se reunindo em seguida com Dom Murilo S.R. Krieger, Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil; e Maria Rita Lopes Pontes, Superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce. O presidente ainda se reúne com General Floriano Peixoto, Presidente dos Correios; e Salim Mattar, Secretário Especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia e também com General Jesus Corrêa, Presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra. O ministro da Economia, Paulo Guedes, estará em São Paulo nesta quinta-feira, onde almoça na sede do jornal O Estado de S. Paulo. Em seguida, participa da abertura Expert 2019 - XP Investimentos. Na parte da tarde, tem audiências com Stelleo Tolda, COO e co-fundador do Mercado Livre e, em seguida, com Ajay Banga, presidente e CEO Global da Mastercard.