Nesta quinta-feira (7), a Petrobras (PETR3)(PETR4) divulga seu balanço financeiro do 4º trimestre de 2023, após o fechamento do mercado. A expectativa dos investidores se voltam para um eventual anúncio de pagamento de dividendos extraordinários.
Analistas apostaram nas últimas semanas que o anúncio de dividendos robustos pela estatal petrolífera virá após divulgação dos resultados. Apesar da declaração do presidente da companhia, Jean Paul Prates, indicar o contrário. O CEO disse, em entrevista à Bloomberg, que “a empresa precisava ser mais cautelosa com o pagamento de dividendos”.
Diante do comentário, o preço das ações despencou imediatamente, encerrando o pregão de 28 de fevereiro com queda de 5,39% para os papéis ordinários e de 5,16% para os preferenciais, levando a uma perda de R$ 30 bilhões de valor de mercado no dia.
Apesar da Petrobras esclarecer, em comunicado ao mercado, que “não tomou qualquer decisão a respeito da distribuição de dividendos”, a incerteza prepondera entre os investidores.
As ações da Petrobras não se recuperaram desde da semana passada, embora o movimento possa ser visto como uma oportunidade de correção após a companhia atingir recorde de capitalização, mesmo que o drive de alta tenha sido a expectativa de pagamento de dividendos extraordinários.
Além disso, os analistas de mercado esperam uma alta de 6,7% na receita trimestral da estatal no 4º trimestre de 2023 em comparação com os três meses anteriores. A expectativa é de que o faturamento tenha subido de R$ 124,8 bilhões para R$ 133,2 bilhões.
A estimativa de Lucro por Ação (LPA) é de R$ 2,48 por papel, alta de 18,9% em relação ao trimestre anterior. Um analista revisou a projeção de LPA para cima nos últimos 90 dias.
Nos últimos 12 meses, as projeções de LPA para o 4º trimestre de 2023 subiram +13,24%. Enquanto a expectativa de receita para outubro e dezembro do ano passado declinou -3,18% nos últimos 12 meses.
Vale ressaltar que a Petrobras supera as projeções de LPA do mercado há quatro trimestres. O LPA do 3º trimestre de 2023 superou o consenso em 9,8%, a R$ 2,09 por ação.