Balanços

Lucro da Eletrobras (ELET6) salta mais de 300% no 3° tri e analistas avaliam ação como atrativa para compra

XP e Genial mantêm recomendação de compra para a companhia, destacando o momento promissor da empresa no setor elétrico

Eletrobras - ELET3 ELET6
Crédito: Reprodução

A Eletrobras (ELET3)(ELET6) surpreendeu o mercado ao reportar um salto de 387,3 % no lucro líquido do terceiro trimestre, a R$ 7,195 bilhões. O que mostrou um avanço significativo em relação ao lucro ajustado de R$ 1 bilhão de um ano antes, conforme o relatório de resultados divulgado na última quarta-feira (6).

De acordo com a análise da XP Investimentos, o EBITDA (lucro antes juros) ajustado da companhia superou expectativas, ao alcançar R$ 6,165 bilhões, um crescimento impulsionado pela reversão de provisões e pelo bom desempenho da hidrelétrica Tucuruí.

No entanto, a XP observou que as vendas de energia não foram tão robustas quanto o esperado, deixando uma visão mista sobre o desempenho da empresa.

Já a Genial Investimentos destacou como um dos principais pontos positivos a incorporação de Furnas, um passo importante na simplificação da estrutura corporativa da Eletrobras.

A empresa também foi elogiada pela gestão das despesas operacionais (PMSO), pela continuidade nos planos de demissão voluntária e pela renegociação de riscos do empréstimo compulsório, o que contribui para uma redução gradual do risco “off-balance“.

Outro destaque foi o incremento da receita líquida regulatória, que chegou a R$ 10,6 bilhões, um aumento de 8,2% sobre o ano anterior, refletindo a repactuação do risco hidrológico da usina de Tucuruí.

Essa “apólice de seguro” é essencial para estabilizar a receita das hidrelétricas, especialmente em períodos de baixa hidrologia.

No campo financeiro, a dívida líquida da Eletrobras foi reduzida para R$ 40,8 bilhões, com um confortável índice de endividamento de 1,7x sobre o EBITDA, um número abaixo dos limites de segurança da empresa.

Diante disso, a Genial aponta que o potencial de valorização continua alto, sustentado por uma taxa interna de retorno de 13,8%, o que coloca a companhia num patamar atraente de investimento, embora ainda impactado pelo risco político.

Ambas as casas mantêm recomendação de compra para a Eletrobras, destacando o momento promissor da empresa no setor elétrico.