A companhia de energia Light (LIGT3) revelou, na última quarta-feira (21), os detalhes das propostas e contrapropostas discutidas desde novembro com um grupo de credores, após o fim do prazo de confidencialidade acordado entre as partes.
De acordo com o site Pipeline, durante as negociações, foram delineados oito itens, com quatro já pacificados e outros quatro ainda pendentes de consenso.
Uma das principais discussões girou em torno do aumento de capital proposto pela Light, no valor de R$ 1,5 bilhão, com os três acionistas principais responsáveis por R$ 1 bilhão.
Embora essa proposta tenha se mantido consistente ao longo das negociações, outros pontos, como o preço de conversão em ação e a taxa da nova dívida, permaneceram em aberto.
Um dos pontos de divergência diz respeito ao preço da conversão das ações. A Light (LIGT3) propôs a média de cotação de quarenta e cinco dias e os credores defendem o preço médio de 360 dias, com um desconto de 15%.
Além disso, a proposta de conversão das debêntures também gerou debate, e a Light propôs uma conversão de 40%, enquanto os credores inicialmente ofereceram 25%, e chegaram a 30% na última atualização.
As taxas de juros também foram objeto de negociação, e a Light ofereceu 3,5% nos bonds e IPCA mais 4% para as debêntures, e os credores pediram IPCA mais 5%. Houve alinhamento em relação ao prazo da nova dívida, fixado em oito anos, com uma média de cinco anos.
Apesar das divergências, a Light enfatizou sua disposição para chegar a um acordo que permita à empresa operar com qualidade dos serviços.
Paralelamente às negociações com os credores, a companhia também está em conversas com os reguladores, busca a revisão tarifária e a renovação antecipada da concessão de distribuição no Rio de Janeiro, que vence em 2026.
As informações são do site Pipeline.