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JBS (JBSS3) pode negociar ações em NY após acordo entre BNDES e J&F por dupla listagem

O acerto prevê que, caso as ações da JBS na NYSE não atinjam uma valorização mínima estipulada até o segundo semestre de 2026, a J&F vai pagar até R$ 500 milhões ao banco estatal

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JBS - JBSS3
Reprodução

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a J&F Investimentos chegaram a um acordo para a dupla listagem das ações da JBS (JBSS3) nas Bolsas de Valores do Brasil (B3) e dos Estados Unidos (NYSE), conforme anunciado nesta segunda-feira, 17 de março.

O acerto prevê que, caso as ações da JBS na NYSE não atinjam uma valorização mínima estipulada até o segundo semestre de 2026, a J&F vai pagar até R$ 500 milhões ao banco estatal. Até lá, investidores e a companhia mantêm a expectativa de que os papéis estejam em negociação em Wall Street.

A decisão ocorre em um contexto de incerteza no mercado norte-americano, influenciado por políticas tarifárias do governo Donald Trump. A listagem nos EUA era um plano antigo da JBS (JBSS3), mas dependia do aval do BNDES, que detém 20,8% da companhia.

A dupla listagem permite à companhia ampliar sua captação de recursos e reduzir o custo de capital, o que possibilita mais investimentos.

O BNDES decidiu pela medida na última quinta-feira, 13 de março, e divulgou a decisão após o fechamento do mercado nesta segunda-feira, 17 de março. Embora a participação do banco estatal na JBS permaneça inalterada, o BNDES não descarta a venda de parte de suas ações no futuro.

A estatal também optou por se abster na votação da assembleia-geral da JBS (JBSS3) sobre a dupla listagem, e deixou a decisão final para os acionistas minoritários. Atualmente, a J&F ocupa o posto de maior acionista da companhia, com 48,30% de participação.