A XP Investimentos avalia que a competitividade no mercado de escolas de medicina deve aumentar, e assim provocar uma redução de retornos potenciais, mas os analistas Rafael Barros e Raphael Elage continuam a considerar os negócios como atrativos.
"Acreditamos que a atual rentabilidade elevada deste negócio se deve a um desequilíbrio de mercado, em que a restrição da oferta permite que as empresas do setor estabeleçam preços elevados e tenham margens anormalmente altas", comentaram.
Isso resulta de uma falha do mercado, na opinião de Barros e Elage: um controle rigoroso da oferta de vagas, que deve ser menor.
O número de vagas aumentou acentuadamente nos últimos anos e deve continuar a crescer nos próximos anos, avaliam. Eles acreditam que o aumento da oferta já tenha começado a levar o mercado a um equilíbrio e que esta tendência deve continuar gradualmente.
"Acreditamos que o aumento do número de vagas de medicina afeta não só o lado da oferta, mas também o lado da demanda da equação. Esta hipótese se baseia no fato de que o aumento do número de estudantes leva ao aumento do número de médicos, o que, por sua vez, reduz a renda potencial dos médicos e, consequentemente, a atratividade do curso de medicina", completam.
Eles veem como principal evidência desse desequilíbrio a queda da relação candidato por vaga, que se verificou em nível nacional e nos maiores mercados.
Apesar de estar em redução, a rentabilidade deste negócio deve se manter elevada, e Barros e Elage esperem que continue a ser atrativa, apesar da diminuição dos preços e das margens que devem ocorrer.
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