As soft skills têm-se tornado cada vez mais populares: são habilidades comportamentais levadas muito a sério em conta por empresas e recrutadores.
Segundo Elubian Sanchez, coordenadora dos programas de Pós-graduação da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), alguns especialistas também chamam essas habilidades de "people skills".
"Elas são chamadas assim porque são fluidas. São como uma nuvem, que você não consegue tocar. As soft skills são desenvolvidas a partir das suas habilidades interpessoais, e não necessariamente baseadas nos seus conhecimentos técnicos. Elas também amplificam e melhoram os resultados das hard skills".
Inteligência emocional
A especialista aponta que, entre tantas outras, uma das soft skills mais importantes é Inteligência Emocional, visto que é um espectro enorme que abarca várias outras soft skills.
"Ter estratégia emocional é muito importante diante dos problemas da vida e do trabalho. Saber agir diante de determinados gatilhos evita problemas dentro das organizações. A falta de inteligência emocional reflete no alto índice de ansiedade, depressão e outras doenças, que acabam por afastar o funcionário do trabalho, ou pior: podem demití-lo", diz.
Boa comunicação
Elubian também aponta para a importância de uma comunicação assertiva. "É preciso saber se comunicar em todas as formas possíveis, como oral e on-line. Além disso, é importante não ofender o seu interlocutor e saber dar e receber feedbacks".
Falta de ensino de soft skills
As crianças e jovens não são ensinados a desenvolver soft skills no ensino básico, mas são obrigados a dominá-las assim que chegam ao mercado de trabalho.
"A falta de ensino das soft skills não é um problema só do brasileiro. Mas temos visto uma mudança de tendência no ensino básico para valorização dos sentimentos, ensinar as crianças a lidar com o emocional. É papel fundamental da universidade socorrer o adulto", diz a especialista.
"Os alunos precisam sair formados dominando essas habilidades. Também não adianta ensinar o que é e não ensinar o como usá-las. É preciso saber o que são, mas mais importante é criar tarefas no ambiente seguro da escola, para aplicar e mostrar como utilizá-las. Na prática, bem hands on", completa.
A especialista alerta ainda para a importância do ensino de soft skills para líderes. "No Brasil, geralmente quando alguém assume um cargo de liderança, aprende a desenvolver as soft skills na prática, por tentativa e erro. Isso é um atalho, e não é o melhor caminho. Em uma pós-graduação, esse líder consegue praticar as soft skills em ambiente controlado, aprendendo a fazer com quem está para avaliar sua ação de forma técnica, diferente do seu subordinado em ambiente real".
Quando se está em posição de liderança, segundo Elubian, "surgem outras soft skills que o líder nem imaginava possuir".
É possível se tornar um bom líder, olhando para si e desenvolver as softs skills de fazer a transformação no outro. "A liderança não é uma qualidade inata, é treino", diz.
Algumas das soft skills mais pedidas pelas empresas são:
- Comunicação eficaz e assertiva;
- Inteligência emocional;
- Criatividade e inovação;
- Colaboração e empatia;
- Adaptabilidade e flexibilidade;
- Organização e método;
- Networking.
"Se você acredita que não vai conseguir algo, a chance é realmente pequena, é uma reação psíquica, ou um viés cognitivo. Já quem acredita no que faz, tem desempenho melhor", conclui a professora.
Com informações de Assessoria de Imprensa Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP).