quarta, 24 de abril de 2024
Metal amarelo

Ouro esfria após 3 dias de rali; fecha melhor semana em quatro

04 dezembro 2020 - 18h40Por Investing.com

Por Barani Krishnan

Investing.com - Os preços do ouro se consolidaram na sexta-feira (4) após um rali de três dias, mas ainda estavam caminhando para sua melhor semana em quatro, com os investidores se protegendo com o metal amarelo contra a queda do dólar em meio a uma ênfase renovada para um alívio fiscal para a crise de Covid-19 dos EUA.

O ouro para entrega em fevereiro na Comex de Nova York fechou as negociações de quarta-feira em baixa de US$ 1,10, ou 0,1%, a US$ 1.840 a onça.

Durante a semana, porém, o contrato futuro de ouro ganhou quase US$ 52, ou quase 3%. Foi a melhor semana para o metal amarelo desde a encerrada em 30 de outubro, e apagou uma parte significativa da perda de quase 5% da semana passada, que foi a maior queda semanal desde julho.

O preço à vista do ouro, que reflete as negociações em tempo real, caía US$ 3,75, ou 0,2%, para US$ 1.837,22 às 18h13 (horário de Brasília). Na semana, o ouro subiu 2,7%.

O metal amarelo perdeu cerca de 6% de seu valor em novembro, o máximo em um mês desde 2016, e caiu para o território de US$ 1.700. Os investidores têm direcionado dinheiro nas últimas semanas principalmente para os mercados de ações e outros ativos de risco, como o petróleo, que testemunharam uma recuperação épica em meio à ideia de que vacinas logo acabariam com a disseminação do coronavírus.

Apesar da ênfase contínua no risco, o ouro como refúgio está se recuperando novamente com conversas de um novo pacote de estímulo da Covid-19 dos EUA, que desencadeou uma queda no dólar, o investimento alternativo ao metal amarelo. O Índice Dólar caiu mais de 1%, para uma baixa de seis anos de 90,47.

O Congresso dos EUA aprovou em março a Lei Coronavirus Aid, Relief and Economic Security (CARES), distribuindo cerca de US$ 3 trilhões em cheques de pagamento para trabalhadores, empréstimos e subsídios para empresas e outros auxílios para cidadãos e residentes qualificados.

Nos últimos meses, no entanto, os democratas no Congresso estão travados em um amargo debate com os republicanos no Senado sobre um plano de alívio sucessivo para a Lei CARES. A disputa tem sido basicamente sobre o tamanho do próximo estímulo, já que milhares de norte-americanos, principalmente no setor de companhias aéreas, correm o risco de perder seus empregos sem mais ajuda.

O impasse foi finalmente quebrado na semana passada, depois que um grupo bipartidário de democratas e republicanos propôs um pacote de alívio de US$ 908 bilhões, que os dois lados vêm negociando desde então.