sexta, 26 de abril de 2024
Tendências

Mercado de propriedade compartilhada cresce 21,8% em doze meses até abril, aponta estudo

Número representa 6,5 mil novos imóveis e mais de 185 mil frações

29 junho 2022 - 16h10Por Redação SpaceMoney

O número de novos empreendimentos do mercado de shared ownership (propriedade compartilhada) cresceu 21,88% nos últimos 12 meses até abril de 2022, de acordo com o estudo Cenário de Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil, realizado pela Caio Calfat Real Estate Consulting.

O percentual representa o total de 6,5 mil novos imóveis e mais de 185 mil frações.

Além do crescimento, outros números do estudo de cenário chamaram a atenção. O estoque de produtos (imóveis) segue em tendência de queda: em 2022, o indicador ficou em 42,50%, frente aos 48,83% do ano passado.

De acordo com Calfat, no mercado imobiliário em geral, ter até 30% de estoque é considerado saudável, por isso a redução do indicador traz otimismo para o setor, apesar de não ser um número ideal.

Segundo Paulo Henrique Barbosa, CEO da Resid, o maior desafio e risco hoje é conseguir dar perpetuidade para o segmento a longo prazo. 

“É um mercado muito novo, emergente, considero que começou de fato em 2014 e hoje é um mercado multibilionário, menos de uma década depois". 

Em 2021, o VGV vendido do setor era superior a R$ 14 bilhões e o VGV potencial maior que R$ R$ 28 bilhões.

No estudo de 2022, o VGV vendido é avaliado em mais de R$ 23 bilhões, um aumento de 64%, e o VGV potencial é de mais de R$ 41 bilhões, o que aponta crescimento de 45%.

O CEO acredita que para vencer esse desafio é necessário bons empreendedores com bons produtos. 

“Seja no mercado de luxo ou não e independente da classe econômica, as famílias brasileiras têm que ter uma experiência positiva, desde o momento em que teve contato com o tema até quando adquiriu e passou a usufruir o produto. O que eu e outros agentes do setor podemos e devemos fazer é disseminar boas práticas, para que novos entrantes e mesmo as empresas já inseridas no meio, executem bons projetos e cuidem bem dos seus clientes”, ressalta. 

Por ser um mercado ainda novo, ele também é desconhecido da maioria da população. 

"2018 foi um marco para o setor, com a criação da lei e de um contexto jurídico/regulatório que traz conforto para o empreendedor e segurança para o cliente final". 

Nesse cenário, é essencial educar o consumidor para que ele compreenda o conceito do mercado e dos produtos e consiga separar o “joio do trigo”, diz o CEO.

"É importante que as boas práticas sejam disseminadas e o que todos no mercado entendam o racional da economia compartilhada por trás desse negócio”, explica. “Acredito que daqui a três anos veremos o segmento bem mais maduro e com tendência de estabilidade frente ao crescimento experimentado nos últimos 5 anos”, completa.

Com informações de Maya.