Por Roberto Samora, da Reuters - A programação de embarques de soja do Brasil em setembro indica exportações de 4,4 milhões de toneladas, uma estabilidade em relação ao total de cargas agendadas para navios no mesmo período do ano passado, de acordo com dados do "line-up" da agência marítima Cargonave.
A programação de embarques é só um indicativo das exportações e vai sendo atualizada ao longo do mês. Além disso, alguns navios previstos podem embarcar efetivamente apenas no próximo mês, por exemplo.
Caso se confirme o volume projetado, com base em levantamento feito até a última segunda-feira pela Cargonave, a exportação de soja do Brasil neste mês cresceria cerca de meio milhão de toneladas na comparação com o volume efetivamente embarcado em setembro do ano passado, segundo a agência.
Mas ficaria abaixo do total de agosto, de 5,8 milhões de toneladas.
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) deverá divulgar nesta quarta-feira previsões de embarques para setembro, com base na programação de navios.
No acumulado do ano até agosto, os embarques de soja do país atingiram 74,26 milhões de toneladas, queda de cerca de 1 milhão de toneladas ante o mesmo período de 2020.
Com relação ao milho, a programação de navios da Cargonave aponta embarques de 2,7 milhões de toneladas em setembro, menos da metade do total embarcado no mesmo mês de 2020.
O volume previsto se compara a um "line-up" de 4,9 milhões de toneladas para embarques em setembro de 2020, conforme levantamento feito nesta época em 2020.
As exportações atingiram efetivamente 5,76 milhões de toneladas em setembro de 2020, segundo dados da Anec.
No acumulado de 2021 até agosto, os embarques de milho somaram 10,2 milhões de toneladas, ante 14,2 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado, segundo a Anec.