O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, desacelerou para 0,21% em outubro, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (26).
Em setembro, o índice registrou alta de 0,35%. Em outubro do ano passado, o IPCA-15 havia avançado 0,16%.
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 5,05%. Em 2023, o índice acumula alta de 3,96%.
Segundo o IBGE, o principal impacto para o resultado do mês de outubro veio do setor de Transportes, com destaque para passagem aérea, subitem que subiu 23,75%. O grupo registrou maior impacto individual (0,16 p.p.) no mês.
A projeção da Ativa Investimentos era de +0,16% em outubro, enquanto a mediana do mercado estava em 0,20%. Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, a abertura do índice foi benigna, mas parece precoce para avalizar uma intensificação do ritmo de corte de juros.
"Os núcleos mostraram-se relativamente em linha com o esperado ao variar +0,23% ante +0,25% projetados por nós. Nessa esteira destacamos que apesar de serviços ter surpreendido para cima, em reflexo do equívoco em passagem aérea, os serviços subjacentes mostraram-se bem mais brandos do que o esperado, +0,14% observado ante +0,32% projetados", pontua o economista.
Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, ressalta que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) deve seguir tranquilo com cortes de 0,50% na taxa básica de juros (Selic) até o fim do ano. "Acho que o mercado pode brincar com 0,75% em dezembro de 2023 ou fevereiro de 2024, mas sigo na opinião de que não é uma opção", completa.