Apesar dos profissionais em home office representarem apenas cerca de 9,6% do total de brasileiros ocupados em outubro, 18,5% dos rendimentos do mês vieram desses trabalhadores. O percentual refere-se aos R$ 181,5 bilhões recebidos por 79,4 milhões de pessoas ocupadas e não afastadas no país.
Os dados são de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quinta-feira (17), que analisa a desigualdade de rendimentos per capita no Brasil.
A pesquisa concluiu que a desigualdade, medida pelo índice de Gini, foi praticamente igual quando considerados todos os trabalhadores do país ou apenas aqueles em home office.
Na análise regional, porém, os números são mais divergentes: no Distrito Federal cerca de 33% da massa rendimentos foi para pessoas em trabalho remoto, no Rio de Janeiro foram 29,14% e em São Paulo, 24,15%; já no Mato Grosso o percentual é de apenas 6,78%.
Perfil do home office
O estudo traz ainda características dos brasileiros que estão em trabalho remoto no mês de outubro. Cerca de 57%, ou seja, a maioria, destes profissionais é mulher, da cor branca (65%) e tem nível superior completo (76%).
Entre trabalhadores que estão em regimes formais ou informais de contratação, a liderança é do primeiro, com 84% dos registros e 6,4 milhões de pessoas contra 1,2 milhões no outro grupo.
Quanto ao setor das atividades, 44% dos profissionais trabalha no segmento de serviços, seguidos por 38% no setor público, 7% na indústria e 4,9% no comércio.
Com informações da Assessoria de Imprensa do Ipea