terça, 23 de abril de 2024
Avaliação

Exportações justificam superávit comercial recorde e devem impulsionar maiores resultados, diz BTG

Números reportados pelo Ministério da Economia estão em linha com a projeção do banco

02 julho 2021 - 09h16Por Redação SpaceMoney

Nesta quinta-feira, o Ministério da Economia informou que o superávit comercial totalizou US$10,4 bilhões em junho. Segundo o governo, esse foi o maior saldo mensal da série histórica. O BTG Pactual (BPAC11) produziu um relatório de análise sobre os números. De acordo com o banco, "a expressiva aceleração das exportações" explicam o resultado.

De acordo com o BTG, "os fatores supracitados continuarão contribuindo para manter as exportações em patamar elevado nos próximos meses e devem aumentar o saldo comercial acumulado em 12 meses".

Os números foram ligeiramente inferiores à projeção do banco e ao consenso de mercado (ambos de US$ 11 bilhões), mas muito superior ao de junho (US$6,5 bilhões), que havia sido recorde para o mês. No acumulado em 12 meses até junho, o saldo comercial aumentou para US$65,6 bilhões (ante US$61,7 bilhões em maio).

"A aceleração das importações no ano, por conta da recuperação da atividade doméstica, conterá aumento mais expressivo do superávit comercial em 2021", avaliam os analistas do BTG. "Os resultados são compatíveis com nossa projeção de aumento do superávit comercial para US$ 74 bilhões em 2021 (ante US$ 50 bilhões em 2020)", concluem.

Detalhes

"O maior saldo comercial de junho foi explicado, sobretudo, pela expressiva aceleração das exportações, em particular das commodities, com destaque para minério de ferro, petróleo e derivados e carnes", avalia o BTG, que afirma que o elevado patamar dos preços desses produtos no mercado internacional foi determinante para esse resultado.

O BTG destaca ainda a continuidade de aceleração das importações – para patamar acima do observado nos anos pré-pandemia –, com destaque para bens intermediários, na esteira da recomposição de estoques e resolução dos gargalos de suprimentos da indústria, e a expressiva aceleração das importações de bens de consumo, que até o mês anterior situavam-se próximas ao patamar de 2020.