quinta, 28 de março de 2024
Candidatura em avaliação

Entrada do Brasil na OCDE pode elevar em 0,4%, por ano, o PIB per capita

Projeção do IPEA indica crescimento de US$ 7 bilhões anuais em bens e serviços

26 abril 2021 - 15h20Por Redação SpaceMoney

Um estudo divulgado pelo Ipea  (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) (Ipea) projeta crescimento de 0,4% do PIB per capita, por ano, com a eventual entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

De acordo com dados analisados e fornecidos pelo Banco Mundial, os autores da publicação O que o Brasil pode esperar da adesão à OCDE, Otaviano Canuto e Tiago Ribeiro, apontam que, caso a candidatura do Brasil seja aceita e confirmada, os estímulos em fluxo de capital devem impulsionar a atividade de comércio exterior. O crescimento econômico previsto é de aproximadamente US$﹩ 7 bilhões anuais em geração de bens e serviços.

O estudo destaca a possibilidade de contribuir para o aumento do superávit e ampliar a captação de novos investimentos externos no país. Além disso, o processo pode impulsionar a participação de cadeias produtivas globais, bem como a realização de novos acordos de cooperação com organismos internacionais como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Na avaliação de Pedro Silva Barros, pesquisador do Ipea e editor da Revista Tempo do Mundo, os estudos publicados contribuem para fortalecer o diálogo entre acadêmicos e executores de políticas públicas sobre a possível entrada do Brasil na OCDE. 

"Os dados, em conjunto com a pluralidade de abordagens presentes na publicação, ajudam a avaliar os potenciais benefícios, custos e desafios para o país, caso a entrada na OCDE venha de fato a ocorrer", observou Barros.

Atualmente, além do Brasil, Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia também pleiteiam a acessão à OCDE. A entidade conta atualmente com 36 membros, e o aumento no número de candidaturas fez a OCDE buscar a definição de novos critérios para a aceitação de candidaturas. O Brasil apresentou formalmente sua candidatura em 2017 com o objetivo de implementar avanços na agenda de política econômica externa.

Informações da Assessoria de Imprensa e Comunicação do IPEA