Apesar de registrarem a marca de R$ 25,8 bilhões em novembro, as emissões de empresas brasileiras no mercado de capitais recuaram 34,9% em relação ao mês anterior. É o que dizem dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
De acordo com o Boletim de Mercado de Capitais, divulgado na última quarta-feira (9), o acumulado anual, que atingiu R$ 305 bilhões, também tem queda de 19,8% na comparação com o mesmo período de 2019.
As captações das companhias com ações, que são feitas por meio de Ofertas Públicas Iniciais (IPOs, da sigla em inglês) ou ofertas subsequentes, também conhecidas como follow-ons, alcançaram R$ 6,7 bilhões neste mês, contra R$ 23,3 bilhões em outubro. Contudo, segundo a Anbima, o acumulado anual ainda pode subir: há o registro de ofertas que esperam captar até R$ 17,8 bilhões antes do término de 2020.
O ano marcou um crescimento no número de ofertas de ações, o maior desde 2010. "Mesmo com a pandemia de Covid-19, o mercado de renda variável continuou aquecido, primeiro com os follow-ons e, a partir do segundo semestre, com a retomada dos IPOs", afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA.
Entres os destinos mais recorrentes para os recursos levantados estão a manutenção do capital de giro das companhias e o refinanciamento de passivo — incluindo a recompra ou resgate de debêntures de emissões anteriores.
Com informações da assessoria de imprensa da Anbima