A Embraer (EMBR3) volta a registrar problemas em sua cadeia de suprimentos - mas garantiu a manutenção das estimativas para 2023 durante uma teleconferência de resultados do terceiro trimestre deste ano, nesta segunda-feira (6).
“Ainda estamos enfrentando desafios na cadeia de suprimentos e temos trabalhado incansavelmente com nossos fornecedores para mitigar esses problemas. Por último, reforçamos que nossas projeções operacionais e financeiras para o ano permanecem inalteradas”, afirmou na abertura da teleconferência Francisco Gomes Neto, o CEO da Embraer.
“Sabemos que temos um desafio pela frente quanto ao nível de entregas. Portanto, podemos esperar um 4º trimestre intenso devido principalmente às restrições na cadeia de suprimentos”, acrescentou.
As ações da companhia oscilam no pregão desta segunda-feira, recuando, por volta das 12h00, cerca de 1,6%, cotadas a R$ 18,35. Mais cedo, a empresa registrou lucro líquido ajustado de R$ 167,1 milhões, alta anual de 34%.
A Embraer anunciou que, no âmbito da aviação comercial, entregou 39 aeronaves – o guidance de 2023 é de entrega entre 65 a 70 aeronaves neste segmento. Na aviação executiva, foram entregues 66 aeronaves e a estimativa de 2023 localiza-se entre 120 a 130 aviões.
“Tivemos sim alguns atrasos de aeronaves. Esperávamos entregas um pouco maiores no 3º trimestre, que acabaram indo para o 4º trimestre, por falta de motores e a gente pretende recuperar no trimestre (4T23)”, disse Antonio Garcia, CFO da Embraer, acrescentando que “a situação é ainda volátil”.
Na teleconferência, a companhia colocou ainda que as entregas totais do ano podem ficar na parte debaixo do guidance, sem afetar, no entanto, os indicadores financeiros. “A gente ainda está vivendo uma situação atípica, a mesma que a gente viveu a um ano atrás”, comentou.