terça, 16 de abril de 2024
Forte queda

Confiança dos empresários cai 1,8 ponto em dezembro, diz FGV

Na média do período entre outubro e dezembro, o índice recuou 3,9 pontos em relação ao intervalo entre julho e setembro, após dois trimestres em alta

30 dezembro 2021 - 08h18Por Redação SpaceMoney

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE caiu 1,8 ponto em dezembro, para 95,2 pontos. Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e foram divulgados nesta quinta-feira (30).

Na média do período entre outubro e dezembro, o índice recuou 3,9 pontos em relação ao intervalo entre julho e setembro, após dois trimestres em alta.

“A queda em dezembro da confiança empresarial confirma o cenário de desaceleração no último trimestre do ano. O resultado negativo desse mês foi disseminado entre os setores e também ocorreu tanto na percepção sobre o momento atual quanto nas expectativas. A virada para o próximo ano se mostra mais desafiadora principalmente pelo ambiente macroeconômico mais frágil. Os efeitos negativos da pandemia estão, por ora, saindo do radar, mas a inflação elevada, o ciclo de alta de juros e a recuperação gradual do mercado de trabalho passam a ser os maiores obstáculos do momento e para os próximos meses”, avalia Rodolpho Tobler, Economista do FGV IBRE. 

Pelo segundo mês consecutivo, a queda da confiança empresarial foi influenciada por uma piora não apenas na avaliação sobre a situação atual quanto das expectativas.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 1,2 ponto, para 95,8 pontos, menor nível desde maio (93,8 pontos) e o Índice de Expectativas (IE-E) caiu 1,4 ponto, para 94,4 pontos, menor valor desde abril (92,3 pontos) e inferior ao ISA-E.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

A confiança da Indústria, Comércio e Serviços recuou em dezembro, influenciada tanto pela piora da percepção das empresas sobre o momento quanto das perspectivas para os próximos meses.

Com a maior queda entre os setores, a confiança do comércio continua se distanciando, agora em 14,1 pts., do nível de neutralidade (100 ptos).

Apenas a confiança da Construção registrou alta no último mês de 2021.