quinta, 25 de abril de 2024
País em alerta

Com filas em postos, Reino Unido promete resolver falta de caminhoneiros

Uma disparada nos preços do gás natural na Europa e uma falta de motoristas de caminhão pós-Brexit sujeitam o Reino Unido a preços de energia elevados e a uma possível escassez no fornecimento de alimentos

24 setembro 2021 - 09h58Por Reuters
Caminhões parados em estacionamento em Cobham, Grã Bretanha. 31/8/2021Caminhões parados em estacionamento em Cobham, Grã Bretanha. 31/8/2021 - Crédito: REUTERS/Peter Cziborra

Por Guy Faulconbridge, Victor Jack e Kylie MacLellan, da Reuters - O Reino Unido prometeu nesta sexta-feira fazer o necessário para sanar uma falta de caminhoneiros que fecha postos de combustível e sobrecarrega cadeias de suprimento de supermercados, mas o setor de carga alertou que não existem soluções fáceis.

No momento em que a quinta maior economia mundial emerge da pandemia de Covid-19, uma disparada nos preços do gás natural na Europa e uma falta de motoristas de caminhão pós-Brexit sujeitam o Reino Unido a preços de energia elevados e uma possível escassez no fornecimento de alimentos.

A BP fechou temporariamente parte de seus 1.200 postos britânicos devido à falta de gasolina sem chumbo e diesel, o que atribuiu à falta de caminhoneiros. A Esso, da ExxonMobil (NYSE:XOM), disse que um número pequeno de seus 200 pontos de varejo Tesco (LON:TSCO) Alliance também foram afetados.

Filas se formaram em alguns postos de combustível de Londres e de Kent nesta sexta-feira, quando motoristas correram para abastecer, segundo repórteres da Reuters.

Há meses, supermercados e agricultores alertam que uma falta de caminhoneiros está deixando as cadeias de suprimento à beira do colapso, o que torna mais difícil abastecer as prateleiras.

O secretário dos Transportes, Grant Shapps, disse existir uma carência global de motoristas de caminhão desde que a Covid suspendeu os exames destes profissionais, e que o Reino Unido está dobrando o número de exames. Indagado se o governo amenizaria regras de emissão de vistos, ele respondeu que o governo analisará todas as opções.

(Reportagem adicional de Gerhard Mey, Kate Holton, Michael Holden e Paul Sandle)