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Braskem (BRKM5): Sem indenizações de acidente ambiental, companhia não irá avançar em venda

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que vai atuar no Congresso e com o governo de Alagoas para impedir negociações

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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que caso a Braskem (BRK5M) não indenize as pessoas prejudicadas pelo acidente ambiental ocorrido em 2018, ele vai atuar no Congresso e com o governo de Alagoas para impedir negociações de venda da empresa, segundo o Estadão

A extração de sal-gema na região gerou um abalo sísmico em cinco bairros de Maceió, com rachaduras em milhares de imóveis e crateras nas ruas. Mais de 55 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. 

A companhia acabou por encerrar a extração do minério na região em 2019. O senador Renan Calheiros afirmou ainda que os alagoanos querem a construção de um novo bairro para repor as habitações, já que os cinco bairros atingidos estão desertos.

"A economia de Alagoas caiu 11% só por causa desse desastre. Só com a frustração de recolhimento de ICMS, o Estado e os municípios perderam mais de R$ 3 bilhões. É preciso prover a moradia, o emprego, a dignidade dessas famílias. Extraíram o sal-gema desses locais e não colocaram nada no lugar. E os bairros tiveram afundamento", pontuou.

O Estadão apurou que Renan Calheiros já teve uma conversa com o presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates. A estatal detém 36,1% do capital total da Braskem, enquanto a Novonor (antiga Odebrecht), tem uma fatia maior, de 38,3%.

As informações são do Estadão.