terça, 23 de abril de 2024
ESG

B3 anuncia nova metodologia para o índice de sustentabilidade ISE; XP elogia

As novas mudanças incluem a divulgação para o público investidor da nota geral que todas as empresas receberem no cumprimento de cada um dos critérios de avaliação do índice

21 julho 2021 - 18h26Por Redação SpaceMoney

A B3, a Bolsa de Valores brasileira, anunciou, na segunda-feira (19), a nova metodologia do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), o índice brasileiro que tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das empresas bem posicionadas na agenda ESG (sigla em inglês para critérios ambientais, sociais e de governança). 

As novas mudanças incluem a divulgação para o público investidor da nota geral que todas as empresas (até as que não são selecionadas para a carteira teórica) receberem no cumprimento de cada um dos critérios de avaliação do índice. Quesitos como meio ambiente, governança corporativa e alta gestão, capital humano, capital social e modelo de negócios e inovação são avaliados pelo ISE.

Além disso, com a nova metolodia, o conselho poderá selecionar um número ilimitado de empresas. O relatório do índice também está mais enxuto, com cerca de 40% menos perguntas. Outro detalhe é que a inscrição passou a ser gratuita.

Na metodologia vigente, antes da mudança recém anunciada, o conselho deliberativo do ISE seleciona, no máximo, 40 empresas para compor a carteira do índice, a partir de um questionário, que possui aproximadamente 350 perguntas, preenchido pelas companhias emissoras das 200 ações mais negociadas da B3.

O que diz a XP

A XP Investimentos informou em relatório divulgado ontem (20) que vê o anúncio da nova metodologia como positivo. Para a corretora, sua visão otimista se dá porque, para ela, haverá uma contemplação de critérios mais rígidos e específicos, contribuindo para a realização de questionários mais robustos; incentivação à adesão das empresas à agenda ESG, assim como a divulgação de dados que comprovem todas as medidas tomadas

Outros fatores destacados pela XP foram a promoção do compromisso das empresas brasileiras com a agenda climática global e com os ODS, evidenciadas pelas parcerias externas; e aumento a credibilidade das empresas melhor posicionadas no ISE, porque o peso das companhias na composição da carteira não será mais dado pela capitalização de mercado do free float, ou seja, pelo seu tamanho, mas sim, pelo melhor desempenho ESG.

A corretora também afirmou acreditar que as mudanças impostas pela regulamentação terão um papel importante em direcionar as empresas à caminho de melhores práticas ESG.