quarta, 01 de maio de 2024
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'Novo arcabouço fiscal é importante, mas gastos preocupam', indica CEO do Itaú (ITUB4)

Para haver equilíbrio de contas, Milton Maluhy Filho afirma que o governo precisará gerar receita por meio de impostos

25 agosto 2023 - 11h32Por Mari Galvão
Milton Maluhy, CEO do Itaú Milton Maluhy, CEO do Itaú - Crédito: Reprodução/Linkedin

O diretor-presidente (CEO) do Itaú (ITUB4), Milton Maluhy Filho, afirmou que, no curto prazo, sua preocupação permeia entre os impactos do novo arcabouço fiscal no crescimento do País. 

Em evento na Câmara do Comércio Brasil-Líbano na última quinta-feira (24), Maluhy destacou a relevância da proposta. 

“Era muito importante sair a gente sair do teto de gastos e ir para algo que passasse uma confiança ao mercado de que o País não vai se perder no endividamento”, disse. 

No entanto, ele também ressaltou uma preocupação em relação aos gastos do governo com o desenho final do texto. 

Para haver um equilíbrio de contas, o executivo explicou que o governo precisará gerar receita por meio de impostos, o que inibe um crescimento maior para o Brasil aproveitar as oportunidades de mercado. 

 

Política monetária

O CEO do maior banco privado do País disse que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi assertivo quando optou por reduzir a taxa básica de juros em 50 pontos-base na última decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), para 13,25% ao ano. 

Para Maluhy, manter a meta de inflação em 3% foi coerente com o momento do ciclo de juros, para que as expectativas permanecessem ancoradas com as decisões do BC. O executivo afirmou que o Brasil entra agora em um ciclo mais benigno. 

Apesar disso, ele destacou que o segundo semestre deste ano será difícil em perspectivas de crescimento, como um reflexo da política monetária e a pressão inflacionária. “A inflação é o pior imposto que existe, sobretudo para as classes menos privilegiadas”, completou.