quarta, 24 de abril de 2024
IBGE

Após três meses de queda, produção industrial no Brasil sobe 1,4% em maio

Com o resultado, indústria chega ao mesmo patamar de fevereiro de 2020

02 julho 2021 - 09h26Por Redação SpaceMoney

A produção industrial brasileira registrou alta de 1,4% em maio na comparação com abril, após três meses de queda, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (2). Nesse período, houve perda acumulada de 4,7%.

Com o resultado de maio, a indústria chega ao mesmo patamar de fevereiro de 2020, no cenário pré-pandemia. Apesar do avanço, o setor ainda se encontra 16,7% abaixo do nível recorde - registrado em maio de 2011.

O gerente da pesquisa, André Macedo, ressalta que o resultado positivo de maio não significa uma reversão do saldo negativo acumulado nos meses de fevereiro, março e abril.

“Há uma volta ao campo positivo, mas está longe de recuperar essa perda recente que o setor industrial teve. Muito desse comportamento de predominância negativa nos últimos meses tem uma relação direta com o recrudescimento da pandemia, no início de 2021, que trouxe um desarranjo para as cadeias produtivas”, explica.

Na comparação com maio do ano passado, a produção industrial cresceu 24,0%, a segunda taxa mais elevada desde o início da série histórica da pesquisa, em janeiro de 2002. A mais alta foi registrada no mês passado (34,7%). É o nono mês consecutivo de crescimento nesse indicador.

O gerente da pesquisa ressalta que os resultados positivos são explicados pela baixa base de comparação, já que, à época, a indústria sofria as consequências das paralisações das plantas industriais em função das medidas de isolamento social para combater a pandemia de Covid-19.

“Precisamos lembrar que os meses de abril e maio do ano passado foram os pontos mais baixos da série histórica. Isso explica essas taxas muito expressivas do ponto de vista da magnitude e esse espalhamento de resultados positivos pelas atividades”, pontua André.

Em maio de 2020, o setor industrial havia recuado 21,9%.

*Com informações da Agência de Notícias IBGE.