quarta, 15 de maio de 2024
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Americanas (AMER3): vendas online são saída para a crise, aponta especialista

Além do potencial da rede de 'vendedores', Claudio Dias, CEO da Magis5 vê no digital uma forma de reverter a crise que eclodiu em janeiro

30 agosto 2023 - 15h46Por Redação SpaceMoney
Fachada Americanas - Shopping Rio Sul RJ Fachada Americanas - Shopping Rio Sul RJ - Crédito: Gustavo Lacerda

As vendas online são a chave para a recuperação da Americanas (AMER3), segundo Claudio Dias, CEO da Magis5, hub de automação e integrador de marketplace. 

O executivo acredita, contudo, que a empresa não deve abrir mão de sua presença no comércio físico. 

“O fortalecimento de pontos físicos rentáveis, o fechamento dos que são deficitários, aportes financeiros e, não menos importante, o foco no online são medidas que podem ser o caminho para a redenção da Americanas”, diz.

Para o analista, além dos 90 anos de tradição em lojas físicas, o grupo possui atuação "muito forte" no online – que inclui tanto o e-commerce próprio como os marketplaces. "É justamente no marketplace que deve se concentrar parte considerável das vendas", acredita o CEO.

 

Fôlego no segundo semestre

O segundo semestre deste ano pode ajudar na recuperação da empresa. Nesse período ficam concentradas datas importantes para o varejo, como Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal. 

De acordo com o analista, essas datas costumam representar um incremento de 30% nas vendas do comércio. “Neste ano, ao contrário de 2022, não haverá eventos externos como eleições e Copa do Mundo", destacou.

Principalmente, no segmento de vendas online, o executivo da Magis5 cita um componente fundamental para impulsionar a recuperação: os sellers, isto é, os vendedores via internet.

"Vale destacar que vender e comprar pelo marketplace ‘Americanas’ é extremamente seguro, uma vez que para o consumidor há a garantia de entrega, visto que o seu dinheiro fica bloqueado até que se confirme", comenta.

Dias acrescenta que esse modelo também gera segurança ao vendedor, que tem a certeza de receber, “uma vez que o valor em tese não é contabilizado como do grupo Americanas. Desta forma, fica livre de qualquer eventualidade".

"Temos percebido a rápida volta dos vendedores e os resultados positivos obtidos na plataforma, sem contar que evidentemente o marketplace da Americanas sempre esteve entre os maiores do mercado", complementa.

O relatório da agência Conversion (agosto, mês-base julho) aponta que as empresas do grupo Americanas continuam entre as líderes do setor de marketplace brasileiro, apesar da crise.

O ‘americanas.com.br’ é o sétimo em tráfego na web, o ‘shoptime.com.br’ o 12º e o ‘submarino.com.br’ o 13º. Consolidando-se com tráfego por sistema operacional Android, as colocações são idênticas.

"O desafio da Americanas hoje é garantir que a experiência do cliente seja excelente e a confiança dos vendedores plena. Para isso, eles já colocaram um time na rua que mantém contatos permanentes conosco e com os sellers. O desafio é grande, mas torcemos para o melhor", finaliza o executivo.

A crise da Americanas foi comunicada pela própria empresa em janeiro deste ano. Em 13 de junho, a companhia confirmou o montante do rombo apurado, na ordem de R$ 45 bilhões.

 

As informações são de Engenharia de Comunicação.