sexta, 03 de maio de 2024
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Americanas (AMER3): Justiça de SP suspende temporariamente ação movida por Bradesco (BBDC4)

Varejista acusa instituição financeira sobre um possível conflito de interesse na atuação da consultoria Kroll

14 setembro 2023 - 07h26Por Redação SpaceMoney
Fachada Americanas - Shopping Rio Sul RJ Fachada Americanas - Shopping Rio Sul RJ - Crédito: Gustavo Lacerda

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu temporariamente a ação que o Bradesco (BBDC4) move contra a Americanas (AMER3) desde janeiro, com expectativas de que se esclareçam as acusações da varejista sobre um possível conflito de interesse na atuação de Kroll, de acordo com a apuração do site InfoMoney.

A consultoria foi acionada para periciar os computadores da empresa, no âmbito da ação que apura a acusação de fraude contábil.

A Americanas alega que a Kroll, contratada por um grupo de credores da varejista, atua em parceria com o escritório Warde Advogados. Os representantes defendem o Bradesco (BBDC4), em outro caso, que envolve a Kabum!, o Magazine Luiza (MGLU3) e o Itaú BBA.

A coluna Painel S.A., do jornal Folha de S.Paulo, foi a fundo nos bastidores da negociação do acordo de credores para salvar a varejista, onde são protagonizadas disputas e acusações entre os bancos. 

O periódico afirma que o acordo em mesa trata-se de R$ 10 bilhões empregados pelos acionistas de referência — Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

Em contrapartida, as instituições financeiras, proporcionalmente, abririam mão de R$ 10 bilhões de seus créditos, e receberiam a diferença em ações e títulos de dívida da Americanas (debêntures).

De um lado, um grupo, liderado por Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11), quer resolver logo o assunto e pressiona Bradesco (BBDC4) a assinar a proposta.

De outro, o Bradesco (BBDC4) insiste em ter a investigação interna concluída para saber se houve envolvimento do trio nas fraudes. 

Em contra-ataque, a Americanas (AMER3) acusa o Bradesco (BBDC4) de estar alinhado ao ex-presidente da varejista, Miguel Gutierrez, que, em seus depoimentos, afirma, sem apresentar provas, que o trio de acionistas de referência não só tinha ciência das fraudes como deu anuência para elas.

 

As informações são da coluna Painel S.A., do jornal Folha de S.Paulo, e do site InfoMoney.