O Banco Safra questionou, na última terça-feira (21), à Justiça do Rio de Janeiro o pedido da Americanas (AMER3) para a realização de AGC (assembleia geral de credores) em duas convocações, sendo uma delas em dezembro deste ano, e solicitou adiamento da reunião.
O Safra pede que o rito seja preservado e que a AGC ocorra somente após a varejista ter apresentado a lista atualizada de credores e individualizada dos debenturistas e também demonstrações financeiras de 2020.
Segundo o banco, a lista atualizada é necessária "para que se tenha o adequado acesso à informação e o conhecimento dos credores prejudicados, inclusive para fins de apuração de quóruns de votação na AGC, dado o risco de ineficácia e invalidação futuro de atos".
Na ocasião serão tratados, a princípio, as negociações da varejista com instituições financeiras e o desenho final do plano de recuperação judicial da companhia.
Na segunda-feira (20), a coluna Painel S.A., do jornal Folha de S. Paulo, noticiou que a companhia está a um passo de fechar um acordo entre acionistas e bancos credores para receber cerca de R$ 24 bilhões, o que representaria a maior capitalização de sua história.
Segundo a publicação, o arranjo prevê que Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil, entre outros, converterão parte de seus créditos –que somam R$ 19,5 bilhões no total– em até R$ 12 bilhões em ações da empresa. O restante dos créditos seguirá o fluxo de pagamentos, em parcelas e com descontos, dentro do processo de recuperação.
O Banco Safra ficou fora do acordo, mas isso não inviabilizaria o fechamento da proposta.
Após esta notícia, as ações da Americanas tiveram altas expressivas durante a última terça, fechando o dia com valorização de 16,82% a R$ 1,18.
Contém informações do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado e do jornal Folha de S. Paulo.