quinta, 02 de maio de 2024
Economia

PIB brasileiro pode ser menor em 2024; saiba por quê

Professor do Instituto de Finanças da FECAP, Ahmed Sameer El Khatib, acredita que mesmo impulsionada pela geração de emprego, economia do país deve ficar em torno de 2%

11 janeiro 2024 - 10h49Por Redação SpaceMoney

O saldo da economia brasileira em 2023 foi mais positivo do que inicialmente previsto, já que indicadores como Produto Interno Bruto (PIB), inflação e juros melhoraram significativamente em comparação com as estimativas iniciais. Em relatório sobre as perspectivas econômicas globais, o Banco Mundial estima que o PIB de 2023 cresceu 3,1%.

O cenário positivo se repete na inflação, onde economista apostam que deve ser menor do que foi em 2022 (a média de 5,79%) e da previsão para 2023 (4,66%).

Já a Selic, taxa básica de juros da economia, diminuiu de 13,75% em novembro de 2023 para 11,75% no final do ano, com uma expectativa de encerrar 2024 em 9,25%.

Segundo o professor e coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Ahmed Sameer El Khatib, mesmo impulsionada pela geração de emprego, economia do Brasil deve crescer menos, em torno de 2%.

“Algumas medidas do Governo Federal, como a redução da Taxa Selic e a adoção de políticas de estímulo à produção e ao consumo, contribuíram para o bom desempenho da economia. Espera-se que a taxa básica de juros continue em tendência de queda, atingindo 9,25% ao final de 2024, o que pode impactar positivamente a produção e o consumo”.

Mas como deve ser a economia em 2024?

Para El Khatib, a inflação dos alimentos deve voltar a subir em 2024, o que pode afetar as famílias de baixa renda e despontar como desafio ao país.

“A Taxa de juros e o cenário internacional são fatores que podem contribuir para uma redução do PIB. O governo tem um grande desafio para 2024, pois será preciso reduzir as despesas para atingir a meta de déficit zero nas contas públicas, talvez o principal desafio para esse ano”, comentou o professor.

Essa possível queda do PIB pode refletir na geração de empregos e na renda. Já inflação dos alimentos pode gerar pressão adicional sobre os custos de vida, especialmente para as famílias de baixa renda.

“As mudanças na economia brasileira têm sido recebidas de forma positiva em meio a um cenário global desafiador, especialmente em comparação com as expectativas anteriores. O desempenho econômico favorável do Brasil tem sido destacado, mesmo em meio às incertezas globais, como a crise na Ucrânia e o conflito entre Israel e o Hamas”, finaliza o docente.