Nesta quinta-feira (14), não existem indicadores econômicos ou eventos catalisadores de movimentações para o câmbio no dia. Mas espera-se uma reação ao índice de preços ao produtor (PPI) nos Estados Unidos, que, apesar de não mudar a decisão do Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, quanto ao início do corte de juros, desponta como um indicador considerável para as perspectivas da autoridade monetária.
- A inflação ao produtor (índice de preços ao produtor - PPI, na sigla em inglês) de fevereiro subiu 0,6%, de 0,3% em janeiro. O dado superou as expectativas do mercado, uma vez que o consenso era de +0,3%. Na base anual, PPI de fevereiro sobe 1,6% ante 0,9% em janeiro, de acordo com o Departamento de Trabalho.
- O Departamento de Comércio dos Estados Unidos (EUA) divulgou que as vendas no varejo em fevereiro subiram 0,6%.
- Novos pedidos de seguro-desemprego caíram para 209.000 na semana encerrada em 8 de março. O número ficou abaixo das expectativas do mercado que esperava 217.000 pedidos.
As apostas são de que o início do corte seja em junho. Já quanto a taxa básica de juros brasileira, a Selic, o corte deve ser de 0,5 ponto percentual na Super-Quarta, na próxima semana.
Nesta quinta-feira (14), o dólar encerrou em alta de 0,22%, cotado a R$ 4,986.
ATUALIZAÇÕES - DÓLAR:
- - 15:15: Dólar comercial: +0,21%, a R$ 4,986 (compra).
- - 10:14: Dólar comercial: -0,18%, a R$ 4,966 (compra).
- - 9:04: Dólar comercial: -0,31%, a R$ 4,960 (compra).
Análise
Bruno Nascimento, analista de Câmbio para o Norte e Nordeste da B&T Câmbio, destacou, em newsletter, que, nesta semana, as atenções estão voltadas para os dados da inflação.
Aqui no Brasil, lidamos com a divulgação do IPCA referente ao mês de fevereiro na última terça-feira (12), enquanto, nos Estados Unidos, além dos índices de preços ao consumidor já informado, teremos dados do índice de preços ao produtor sobre o mesmo mês na próxima quinta-feira (14).
Entretanto, Nascimento destaca que o foco principal são as expectativas para a Super Quarta, que ocorre no dia 20 de março, onde teremos decisões de política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve manter a tendência de corte de juros e reduzir a taxa básica em 0,5 ponto percentual. Já o Fed, que deve manter os juros inalterados, provavelmente vai sinalizar em seu comunicado a trajetória futura.
As informações são de B&T Câmbio.