quinta, 25 de abril de 2024
Finanças em famíliaCOLUNA

Finanças em família

Carol Stange

Educadora em finanças pessoais e criadora da marca “Como enriquecer seu Filho”.

Três situações em que você não deveria (ainda) comprar seu imóvel!

Nem sempre a compra do imóvel é a opçao mais indicada para quem quer gerir bem suas finanças pessoais

22 fevereiro 2021 - 09h27
Três situações em que você não deveria (ainda) comprar seu imóvel!

É um sonho de todos. A compra de um imóvel é uma grande conquista financeira, mas há algumas situações específicas em que você deve analisar melhor os cenários antes de realizar esse tão importante passo.

1. Se você está em início de vida profissional

Ao ingressar no mercado de trabalho e começar a receber os primeiros salários, o profissional não tem ainda três das coisas mais importantes para que ocorra uma vantajosa e tranquila negociação: estabilidade profissional, reserva financeira e um valor de entrada substancial (afinal, quanto maior a entrada, menor o tempo de financiamento e menos juros serão pagos ao longo desse tempo).

2. Se você acabou de casar

"Quem casa quer casa"? Pois então se programe para que ambos os projetos (casamento e a escolha do imóvel) mantenham-se dentro das expectativas durante os próximos 30 anos! Um imóvel que atenda às necessidades dos recém casados é muito diferente de um imóvel destinado para um família composta por 5 pessoas. É preciso também estar atento ao fato de que trocar de moradia tendo um longo financiamento pela frente não costuma ser das tarefas mais fáceis ou isentas de perdas financeiras. Taxas extras, documentação, cartórios, vistorias, transferências e corretagem são alguns exemplos das despesas que podem deixar o processo bem moroso e caro.

3. Se você tem o objetivo de deixar o imóvel como herança para os filhos

Sem meias palavras: a melhor herança é o seu tempo, sua atenção e, falando financeiramente, de dinheiro ou aplicações financeiras que não gerem ônus aos herdeiros. Inventário é um dos processos mais penosos e dispendiosos que existem. Um imóvel como herança deixará despesas constantes aos herdeiros e, muito provavelmente, não suprirá suas  necessidades ou desejos (localização, tamanho, estilo).

As chances são maiores desse imóvel ser vendido abaixo do preço de mercado e acabar sendo motivo de conflito entre os herdeiros, do que o contrário. Quando der aquele certo sentimento de angústia no peito ao pensar: "meu Deus, não tenho casa própria!", RESPIRE e ANALISE se essa é mesmo a melhor opção para seu dinheiro e para as pessoas envolvidas nessa situação, agora e no futuro. Comprar um imóvel não é tarefa simples, e analisar vários aspectos antes de assinar o contrato sempre valerá a pena.

Leia outros artigos de Carol Stange: