quinta, 25 de abril de 2024
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Finanças em família

Carol Stange

Educadora em finanças pessoais e criadora da marca “Como enriquecer seu Filho”.

7 dicas especiais para quem sofre ao falar de finanças pessoais!

O dinheiro é nosso amigo, mas precisamos cuidar dele

09 junho 2021 - 16h48
7 dicas especiais para quem sofre ao falar de finanças pessoais!

Você já deve ter concluído que tudo na vida é aprendizado. No começo tudo é difícil, mas nada é impossível de ser superado, assim como conquistar uma nota alta na prova da escola, arrumar um emprego novo, andar de bicicleta, entre outras situações do dia a dia de nossas vidas. 
 
Finanças Pessoais é só mais um aprendizado na nossa vida. O dinheiro é nosso amigo, mas precisamos cuidar dele. Separei algumas estratégias para ajudar quem não tem afinidade com o tema a tomar o controle da sua vida financeira (e sem sofrimento)!
 
1- Se conheça
 
Acredite: muita gente tem medo de olhar o extrato de sua conta bancária. Também prefere não fazer acompanhamento dos gastos no cartão de crédito, vivendo no escuro até a chegada da fatura. E ainda existem as crenças financeiras adquiridas principalmente na infância, e os gastos feitos por impulso, em momentos de alteração emocional, como tristeza, tédio, frustração, euforia e alegria intensa (sim, não estamos propensos a gastar sem pensar somente nas horas tristes. Momentos felizes também são gatilhos poderosos para o consumo). 
 
Por isso, nunca é demais dizer: o autoconhecimento é o mais importante. Você precisa saber quanto suas emoções podem estar impactando negativamente a sua vida financeira – esse passo é a base de todo o seu plano financeiro, não o subestime.
 
2 – Anotar pode ser chato, mas será a sua salvação
 
Como não controlamos o que não vemos, é fundamental saber para onde exatamente está indo nosso dinheiro. Nesse instante, pouco importa se a ferramenta escolhida é um aplicativo, uma planilha ou mesmo um caderno. O importante é que as informações fiquem claras e a ferramenta facilite a sua rotina.
 
3 - Feche os ralos
 
Após o mapeamento, abrimos as portas para o momento desejado por todos: ter mais dinheiro no final do mês. Para isso, a orientação é cortar as despesas exageradas e negociar as despesas supérfluas. 
 
Um exemplo prático: sabe os 400 canais de TV disponíveis na plataforma de filmes, mas que só assistimos a 2, e os 600 minutos de voz de celular, mas que acabam não sendo usados porque ficamos em ambientes 100% wi-fi? São contas que podem ser adequadas ao uso real da família. 
 
Não existe nenhum gasto que não possa ser revisto e eu sei que pedir cancelamento ou redução do plano é uma canseira. Mas R$ 10, aqui, R$ 15, ali, R$50, acolá, podem significar uma viagem no final do ano. Mesmo que essa tarefa demande algum tempo e energia, vale a pena, certo?
 
4 - Aplique a regra 50/30/20
 
Essa regra é simples, e sem dúvidas, ajuda bastante quem não sabe por onde começar. Cinquenta por cento das receitas devem ir para as despesas fixas, 30% para as despesas variáveis e 20% para projetos futuros. 
 
Lembrando que despesa fixa é como chamamos todas as despesas que não sofrem alteração, mesmo que não usemos o serviço por um momento. Aluguel, condomínio e mensalidade da escola são bons exemplos. 
 
Despesas Variáveis são aquelas que, mesmo presentes rotineiramente no nosso orçamento, têm seu total alterado de acordo com o consumo, como alimentação fora, compras e lazer em geral. 
 
E na “caixinha” de Projetos Futuros podem estar desde a viagem das próximas férias até como começar a investir para sua aposentadoria.
 
5- Escolha ganhar juros diariamente
 
A Poupança é o produto bancário mais querido do brasileiro, mas o que quase ninguém conta é que os valores depositados nela só rendem algum juro a cada 30 dias. É por isso que dizemos que a poupança tem “mês-aniversário”. Além disso, atualmente a poupança rende menos do que a inflação, o que quer dizer que sua rentabilidade não é o suficiente sequer para manter o poder de compra do investidor. 
 
Há outros produtos no mercado que podem render juros diariamente, são isentos de IR e que oferecem a mesma segurança que a poupança, um produto que claramente “parou no tempo” (momento curiosidade: a poupança completou, em 2021, 160 anos de idade.)
 
6 – Se pague primeiro
 
A grande sacada aqui é não esperar sobrar dinheiro ao final do mês para só então, investi-lo. O raciocínio é simples: nunca sobrará. Para ajudar na disciplina dos aportes, característica imprescindível para um bom investidor, é preciso se pagar primeiro. Isso quer dizer que assim que o salário for recebido, uma parte dele já será separada para os investimentos. 
 
De todos os conceitos de finanças pessoais, esse é o mais efetivo que pode existir.
 
7 – Controle o cartão de crédito
 
O cartão, de fato, não deixa com que você "veja" o dinheiro sendo gasto na hora. É muito diferente quando compramos coisas com dinheiro vivo, por exemplo. A psicologia econômica explica que analisamos muito mais gastos em dinheiro do que no cartão. Mas quem tem coragem de andar com a carteira recheada por aí?
 
Uma boa ideia é estipular metas de gastos semanais no cartão e se ater a elas. Se os gastos ultrapassaram o limite, o cartão fica em casa. Se os gastos ficaram abaixo da meta, se permita uma pequena recompensa! Tome um café gostoso, tenha um momento de lazer e invista essa sobra, mesmo que pouquinho. Ganhar juros é sempre a melhor opção. 
 
Como educadora financeira há quase duas décadas, eu sei que falar de finanças pessoais pode ser desconfortável por quem não tem afinidade com o tema, mas deixo uma palavra de apoio para esses casos: o passo mais difícil já foi dado. Não precisa sofrer – seu dinheiro é seu amigo e você merece viver uma vida financeira saudável e cheia de conquistas!

A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a visão da SpaceMoney.