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Internacional: fique por dentro das principais notícias dos mercados desta quarta-feira (22)

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros hoje

22 setembro 2021 - 08h50Por Investing.com

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - O Federal Reserve pode ou não anunciar o início da redução gradual dos ativos.

A problemática incorporadora imobiliária da China compra para si mais alguns dias de carência com os credores.

FedEx decepciona com seus resultados trimestrais e orientação, e DraftKings aumenta a aposta para a Entain.

Os preços do petróleo sobem à medida que os estoques de petróleo bruto dos EUA caem para o nível mais baixo em três anos, na esteira dos furacões Ida e Nicholas.

No Brasil, nova proposta para o impasse dos precatórios no Orçamento de 2022 e decisão de política monetária do Copom.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quarta-feira, 22 de setembro:

1. Dia de decisão no Fed

O Federal Reserve concluirá sua reunião de política monetária de dois dias e a maioria dos analistas espera que dê um forte sinal de que começará a reduzir suas compras mensais de títulos antes do final do ano.

Apenas uma minoria espera que o processo comece imediatamente.

Qualquer detalhe sobre o início preciso do tapering, e sobre quanto tempo o Fed pensa que precisará eliminar as compras de ativos completamente, será decisivo na forma como o mercado reage.

Igualmente importante será qualquer mudança na projeção "dot plot" das expectativas dos funcionários do Fed para as taxas de juros futuras.

O último sugeriu nenhum aumento das taxas até 2023, no mínimo, mas temores de que a inflação esteja se mostrando "mais rígida" do que o esperado pode acelerar esse cronograma.

O comunicado será divulgado às 15h (horário de Brasília), com a coletiva de imprensa do presidente Jerome Powell marcada para meia hora depois.

2. Nova proposta de precatórios e reunião do Copom

A novela dos Precatórios ganhou mais um capítulo, com o Governo e os presidentes da Câmara de Deputados e do Senado anunciando um acordo sobre a questão.

A nova proposta limita a R$ 40 bilhões o pagamento de precatórios em 2022, valor correspondente ao que foi pago em 2016, quando foi criado o teto de gastos, corrigido pela inflação.

Com esse montante, seriam pagas as sentenças de pequeno valor.

Porém, uma vez que o total de precatórios previstos para o ano que vem é de R$ 89 bilhões, quase R$ 50 bilhões ainda precisam ser encontrados no orçamento.

Segundo fontes, o montante que fica fora do teto poderia ser pago de forma imediata com um desconto de 40% ou então parcelado em dez prestações, com correção pela Selic.

As outras alternativas para os credores seriam: aquisição de imóvel público; quitação de débitos inscritos em dívida ativa; pagamento de outorga de delegações de serviços públicos; e aquisição de participação societária e de compra de direitos, como a antecipação de valores a serem recebidos a título do excedente em óleo em contratos de partilha de petróleo.

Porém, especialistas em contas públicas não ficaram contentes com a solução, de acordo com o Valor Econômico. A proposta foi vista como uma reedição da pedalada fiscal, ao criar uma dívida fora das estatísticas fiscais e distorcer o resultado primário.

Ainda hoje também, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) vai divulgar a nova taxa básica de juros, após a finalização do segundo dia de reunião de política monetária, a antepenúltima do ano.

A expectativa do mercado é de mais uma elevação de 1 ponto percentual, elevando a taxa Selic de 5,25% para 6,25% ao ano.

3. Evergrande vive para faltar outro dia

O China Evergrande Group (OTC:EGRNY) disse que chegou a um acordo com detentores de um de seus títulos denominados em yuan no continente que permitiria evitar a inadimplência.

A declaração de palavras vagas removeu a preocupação mais imediata em torno do grupo imobiliário problemático, mas não deu nenhuma indicação se os pagamentos de juros sobre seus títulos em dólar seriam honrados na quinta-feira.

Os mercados de ações e títulos da China, que reabriu hoje após um feriado de dois dias, caíram inicialmente, mas se recuperaram no final do dia. O Banco Popular da China garantiu que a taxa de câmbio oficial de iuan permanecesse estável em 6,44668 por dólar.

O PBoC deixou sua taxa de juros inalterada em uma reunião de política no início do dia, enquanto o Banco do Japão também deixou sua taxa de juros inalterada, como esperado.

4. Ações definidas para abrir mais alto; FedEx decepciona

Os mercados de ações dos EUA devem abrir em alta mais tarde, conforme diminuem os temores de uma liquidação desordenada na China, mas essencialmente em um padrão de espera antes das decisões do Fed e da entrevista coletiva.

Às 08h32, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e do Nasdaq 100 avançavam respectivamente 0,59%, 0,52% e 0,31%.

As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem DraftKings (NASDAQ:DKNG), que aumentou sua oferta para a Entain com sede no Reino Unido para mais de US$ 16 bilhões, e a FedEx (NYSE:FDX) (SA:FDXB34), cujos lucros ficaram abaixo da estimativa, que foram divulgados ontem após o fechamento do mercado.

5. O petróleo sobe com queda acentuada nos estoques dos EUA

Os preços do petróleo bruto aumentaram acentuadamente depois que os últimos dados de estoque do American Petroleum Institute mostraram que os estoques ainda caem acentuadamente na esteira de dois furacões que interromperam os complexos de produção e distribuição de energia no Golfo do México.

A API disse que os estoques de petróleo caíram 6,1 milhões de barris na semana passada, muito mais do que o esperado.

Os dados do governo dos EUA serão divulgados às 11h30, e provavelmente mostrarão estoques caindo para uma nova baixa de três anos.

Às 08h38, os futuros do Petróleo WTI avançavam 1,55%, a US$ 71,58 o barril, enquanto os futuros de Brent subiam 1,40%, a US$ 75,40 o barril.