
Fique por dentro dos principais assuntos que movimentarão os mercados financeiros do Brasil e do exterior nesta sexta-feira (7).
Brasil
Ibovespa e dólar na sessão anterior
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,210, com alta de R$ 0,026 (+0,50%). O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 117.561 pontos, com alta de 0,31%.
Os papéis ordinários (PETR3) (com votação em assembleia de acionistas) da Petrobras subiram 2,95%.
As ações preferenciais (PETR4) (com preferência na distribuição de dividendos) avançaram 3,41%.
A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de cortar a produção ainda repercute no mercado global.
Na quinta-feira, o dólar subiu em todo o planeta em meio às expectativas de divulgação da criação de empregos nos Estados Unidos. Caso a geração de vagas se desacelere, isso vai reduzir as pressões para o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) aumentar os juros acima do previsto.
No entanto, novas declarações de diretores do Fed mostraram o compromisso do órgão em manter os juros altos pelo tempo necessário para segurar a inflação nos Estados Unidos, e faz com que o dólar suba em todo o planeta. Taxas mais altas em países desenvolvidos estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
(Agência Brasil)(Reuters)
Indicadores Econômicos
Varejo – O volume de vendas do comércio varejista no país mostrou estabilidade na passagem de julho para agosto, com variação de -0,1%.
No entanto, este foi o terceiro mês consecutivo de taxa no campo negativo, período em que acumulou perda de 2,5%.
Na comparação com agosto de 2021, houve crescimento de 1,6%. No ano, o setor acumulou aumento de 0,5%, e, nos últimos 12 meses, queda de 1,4%.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Anfavea – 10H.
Eleições 2022
Lula e a Economia – A campanha de Lula agradeceu o apoio dos economistas do Plano Real à sua candidatura, qu afirmou em nota o seu compromisso de construir um arcabouço fiscal, “com credibilidade, previsibilidade e sustentabilidade”.
Mas isso foi tudo o que Pedro Malan, Pérsio Arida, Edmar Bacha e André Lara Resende conseguiram arrancar de Lula, que tem se irritado com as pressões para antecipar nomes e esclarecer detalhes de seu programa econômico.
Em São Paulo, Lula disse que “quem quiser conhecer meu ministério terá que esperar eu ganhar a eleição”.
O candidato do PT também negou que prepara uma carta ao agronegócio, como havia noticiado a Folha de S.Paulo: “Eu não preciso ficar fazendo carta. Todo mundo me conhece. Eu tenho um legado de oito anos de Presidência da República”.
Simone Tebet – Em entrevista também à Folha, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) considerou que o “erro fatal” que custou a vitória de Lula no primeiro turno foi justamente ele não ter detalhado o seu plano de governo e ter apenas focado nos seus feitos do passado.
Simone vai ser a ponte de Lula com o agronegócio, que apoia em peso Bolsonaro, e deve fazer sua primeira aparição pública ao lado do candidato do PT nesta sexta-feira (7). Está previsto um encontro dos dois e um pronunciamento à imprensa.
Do lado de Jair Bolsonaro – Já Bolsonaro recebeu o apoio de mais seis governadores, quatro deles já reeleitos em primeiro turno: Antônio Denarium (PP), de Roraima; Gladson Cameli (PP), do Acre; Ronaldo Caiado (União), do Goiás; e Mauro Mendes (União), de Mato Grosso.
Outros dois governadores que firmaram apoio são: Marcos Rocha (União), de Rondônia, e Wilson Lima (União), do Amazonas.
Caixa Econômica Federal e o projeto de reeleição – Em mais um evento político-eleitoral, a Caixa lançou a campanha para renegociar até R$ 1 bilhão em dívidas, com descontos que podem chegar a 90%. O programa, que também consta do programa de Lula, se estende ao dia 29 de dezembro.
Serão beneficiados até 4 milhões de clientes pessoas físicas, 80% com débitos de até R$ 1 mil.
Horário eleitoral – Nesta sexta-feira (7), volta ao ar o horário eleitoral gratuito, com tempos iguais para presidente e governadores, de cinco minutos por candidato. Também está prevista para o início da noite a divulgação do primeiro Datafolha do segundo turno.
Pesquisas – A Pesquisa Quaest, em parceria com a Genial Investimentos, ontem à tarde, mostrou Lula (PT) com 48% das intenções de voto contra 41% de Bolsonaro (PL). Votos brancos e nulos somam 4%. E indecisos totalizam 7%. Em votos válidos, Lula tem 54% e Bolsonaro, 46%.
Em Brasília, o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), apresentou um projeto de lei para punir os institutos de pesquisa que errarem os resultados com diferença maior do que a margem de erro com pena de reclusão de até dez anos e multa.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometeu pautar esse e outros projetos para responsabilizar os institutos de pesquisa na semana que vem. Além disso, disse que pode instalar uma CPI, se houver “fato determinado”.
Receio com o conservadorismo – A nova correlação de forças que saiu das urnas, com o resultado para o Congresso Nacional, deflagrou a disputa pela presidência das Casas legislativas. Segundo o Estadão, Lira estaria consolidado, mas Rodrigo Pacheco (PSD-MG) corre risco.
O campo da direita ampliou o espaço no Senado e as ex-ministras Tereza Cristina (PP) e Damares Alves (Republicanos) são as mais citadas para disputar o comando, com o apoio de Bolsonaro e dos parlamentares bolsonaristas eleitos.
No O Globo, o jornalista Alvaro Gribel escreveu que o “risco Damares” acendeu o alerta para o mercado financeiro, que, no day after da eleição, festejou o Congresso Nacional mais conservador como um limitador das políticas mais radicais de Lula.
Mas agora, disse em off o executivo de um grande banco internacional com atuação no Brasil, “começa a cair a ficha da Faria Lima”.
Investidores se dão conta de que “um Congresso conservador não necessariamente seria liberal na economia”.
(Bom Dia Mercado)
TSE – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou na quinta-feira (6) que todas as seiscentas e quarenta e uma urnas eletrônicas submetidas ao teste de integridade no dia do primeiro turno não apresentaram divergência de resultados.
(Agência Brasil)
OCDE
O processo de adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) avança. O governo brasileiro encaminhou ao organismo internacional, que reúne as economias mais industrializadas do planeta, o memorando inicial, que vai servir de base para avaliar o alinhamento do país aos compromissos do grupo.
Enviado por carta com data de 30 de setembro, o memorando foi detalhado na quinta-feira (6) em cerimônia no Palácio do Planalto. A entrega do documento estava prevista no roteiro de adesão do Brasil ao grupo, aprovado pela OCDE em junho.
Com 1.170 páginas, o memorando avalia o grau de alinhamento das legislações, das políticas e das práticas do país candidato aos padrões estabelecidos pela OCDE em 32 diferentes setores.
Entre as áreas analisadas, estão comércio, investimento, economia digital, saúde, educação, meio ambiente, concorrência, turismo e energia nuclear.
O nível de cumprimento de cada uma das 230 normas da OCDE foi analisado, das quais 208 são indispensáveis para o ingresso na organização. Segundo o governo brasileiro, o país aderiu a 108 normas e processa a adesão a mais 45 pontos.
(Agência Brasil)
Caixa Econômica Federal
A Caixa Econômica Federal lançou, na quinta-feira (6), a Campanha Você no Azul, que disponibiliza descontos de até 90% para regularização de dívidas de créditos comerciais de pessoas físicas e jurídicas.
Estão contempladas na ação contratos de 4 milhões de clientes pessoa física e 396 mil na pessoa jurídica. Mais de 80% podem liquidar seus débitos por até R$ 1000.
(Agência Brasil)
Concentração bancária
A concentração bancária caiu no ano passado, de acordo com o Relatório de Economia Bancária de 2021, divulgado na quinta-feira (6) pelo Banco Central (BC).
No ano passado, os cinco maiores bancos do país – Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander – detinham 76,6% dos ativos totais do segmento bancário comercial. No final de 2020, esse percentual era 77,6%.
(Agência Brasil)
Poupança
A aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros continua a enfrentar a fuga de recursos. Em setembro, os brasileiros sacaram R$ 5,9 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, informou na quinta-feira (6) o Banco Central (BC). Veja mais detalhes aqui.
(Agência Brasil)
Covid-19: Brasil
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (6) apontam que o Brasil registrou, desde o início da pandemia, 686.706 mortes por covid-19.
Em 24 horas, foram registrados 8.216 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 133 mortes de vítimas do vírus.
Até quinta-feira (6), foram aplicadas 483,6 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 – 179,9 milhões com a primeira dose e 161,5 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em 4,99 milhões de pessoas. (Agência Brasil)
EUA
Payroll – A economia dos EUA criou 263 mil empregos não-agrícolas em setembro, segundo informou o relatório de empregos não-agrícolas – Payroll – do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 07, acima do esperado.
A previsão dos economistas era uma adição de 250 mil empregos no período. O resultado, porém, ficou abaixo dos números prévios de 315 mil novos empregos.
A taxa de desemprego ficou em 3,5% da força de trabalho, abaixo dos 3,7% esperados e do mês anterior. Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA caiu para 62,3%, contra 62,4% anterior.
Já o salário médio por hora no mês passado ficou em 5,0%, menor que 5,1% esperados pelo mercado e que os 5,2% prévios.
(Investing.com Brasil)
Europa
Alemanha – A produção industrial alemã caiu 0,8% em agosto, uma vez que os gargalos de fornecimento persistiram devido à guerra na Ucrânia e a persistentes distorções relacionadas à pandemia de Covid-19. (InfoMoney)
O volume de vendas no varejo no País em agosto (com ajustes por preços) caiu 1,3% em agosto, contra julho, informou o departamento federal de estatísticas do país (Destatis). (InfoMoney)
Commodities
Petróleo – Os mercados internacionais ainda repercutem a decisão da Opep+, que concordou em restringir a oferta global com um acordo para reduzir as metas de produção em 2 milhões de barris por dia (BPD).
Esta foi a maior redução desde 2020 e veio antes de um embargo da União Europeia ao petróleo russo. (InfoMoney)