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Usiminas (USIM3) despenca 8%, após queda de 93% no lucro do 1º tri; Itaú BBA analisa resultado

Projeções da companhia para o segundo trimestre também decepcionaram investidores, que esperavam uma recuperação mais robusta

27 ABR 2024 • POR José Chacon • 12h00
Usiminas - Usiminas/Divulgação

A Usiminas (USIM3) desapontou o mercado com seu balanço financeiro do primeiro trimestre de 2024, apresentado nesta terça-feira (23). Uma prova disso, é representada na cotação das ações da companhia, que operam com baixa de 8,19% a R$ 8,86.

O principal efeito para isso foi o recuo de 93% no lucro líquido da empresa.

Apesar disso, a empresa superou as expectativas do Itaú BBA, ao apresentar um EBITDA (lucro antes juros) ajustado de R$ 416 milhões. Esse valor representa um aumento de 28% em relação ao trimestre anterior e supera em 9% a estimativa do Itaú BBA, que era de R$ 380 milhões.

O destaque do trimestre para o BBA foi o desempenho melhor do que o esperado na divisão de aço, que compensou parcialmente uma realização de preço fraca e volumes mais baixos no negócio de minério de ferro.

A empresa registrou resultados positivos na operação de aço, com um aumento de R$ 376 milhões em comparação com o trimestre anterior, impulsionado por um custo de mercadorias vendidas (COGS) por tonelada mais baixo.

No entanto, apesar do bom desempenho no primeiro trimestre, as projeções da Usiminas para o segundo trimestre do ano desapontaram os investidores mais otimistas. A empresa espera uma performance sequencialmente estável na divisão de aço, o que pode desapontar aqueles que esperavam uma recuperação mais robusta.

"A expectativa é de volumes e preços sequencialmente estáveis, com uma leve alta nos custos de produção por tonelada, devido a um dólar mais forte e uma mistura de produtos de maior valor agregado", comenta o BBA.

No segmento de mineração, a Usiminas enfrentou desafios, com um EBITDA ajustado de R$ 83 milhões, uma queda de 75% em relação ao trimestre anterior e 68% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os resultados foram afetados por preços realizados mais baixos e volumes mais fracos, com uma redução de 25% nos preços realizados do minério de ferro e uma queda de 18% nas remessas.

"Esses resultados levou a uma reação cautelosa dos investidores, com as ações USIM3 registrando movimentos moderados no mercado. A incerteza em relação ao desempenho futuro da empresa, especialmente no contexto de um mercado siderúrgico volátil e da competição internacional, está levando os investidores a agirem com cautela", destacou a casa.

Diante desse cenário cauteloso, a casa faz uma recomendação neutra para a USIM3, com preço-alvo de R$ 12,00 por ação.

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