Sexta-feira (04)

Dólar hoje: mercado fechado nos EUA e foco nas tarifas

Mercado segue com expectativas sobre reunião da Opep+ no fim de semana e observa divulgação do IPP e balança comercial no cenário doméstico

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dólar hoje
Dólar opera estável enquanto mercados dos EUA fecham para o feriado da Independência, com atenção voltada a pacote fiscal e novas tarifas comerciais | Crédito: Reprodução

Na última quinta-feira (03), o dólar comercial caiu 0,3%. Fechou em R$5,4090. Havia começado o dia em R$5,4244.

Hoje, sexta-feira (04), o dólar abriu em R$5,4090.

Confira agora nossa análise diária.

Veja a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – sexta, 04 de julho de 2025

Exterior

  • 03h00 – Alemanha – Encomendas à indústria (mai)
  • 06h00 – Zona do Euro – Índice de preços ao produtor (mai)
  • 18h00 – EUA – Donald Trump assina projeto de lei orçamentário

Brasil

  • 09h00 – IBGE: Índice de preços ao produtor (mai)
  • 11h30 – BC: oferta de até 35 mil contratos de swap cambial (US$ 1,75 bilhão) em rolagem
  • 15h00 – Secex: Balança comercial (jun)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Em resumo, o dólar comercial caiu 0,3% na quinta (03). Fechou em R$5,4050. Havia iniciado o dia em R$5,4280.

O que influencia o dólar hoje?

Em primeiro lugar, os mercados americanos não funcionam hoje. É feriado da Independência. Por isso, o dólar deve esperar, sem grandes movimentos. A agenda internacional está vazia.

Investidores continuam atentos ao pacote fiscal dos EUA. Também observam as incertezas da política tarifária de Trump. Essas medidas podem afetar o comércio mundial.

Além disso, no Brasil, destacam-se hoje o IPP de maio e a balança comercial. Espera-se pouca movimentação no mercado. Contudo, todos seguem observando os próximos passos econômicos e políticos.

Fique atento aos detalhes do dia e seus possíveis efeitos no câmbio.

Bolsas dos EUA encerram semana em alta

Em segundo lugar, os principais índices dos EUA subiram na quinta-feira. Bons dados de emprego e otimismo com a economia americana impulsionaram o mercado.

O S&P 500 avançou 0,8%. Juntamente com o Nasdaq, que subiu 1,0%, alcançando novos recordes. Enquanto isso, o Dow Jones ganhou 0,7%, aproximando-se de suas máximas históricas.

Os mercados fecham hoje por causa do feriado. As negociações devem diminuir. Na próxima semana, os investidores voltarão focados na agenda de indicadores.

Congresso americano aprova pacote fiscal de Trump

Em terceiro lugar, a Câmara dos Representantes aprovou o pacote fiscal de Trump. A medida combina cortes de impostos e aumento de gastos. O presidente deve assinar o projeto hoje.

A proposta estende os cortes tributários de 2017. Também inclui novas isenções e reforça o orçamento de defesa e fronteiras. Trump afirma que a economia entrará “em modo foguete“.

Em contrapartida, analistas apontam riscos. O plano corta programas sociais e elimina incentivos para energia limpa. O CBO prevê aumento de US$3 trilhões na dívida pública. A Casa Branca, porém, discorda dessas estimativas.

Tarifas ainda geram incerteza nos mercados

Além disso, mesmo com avanços fiscais, as dúvidas sobre tarifas comerciais persistem. Na próxima semana, termina o adiamento das medidas recíprocas.

Trump prometeu buscar acordos bilaterais. Até agora, formalizou pactos apenas com China, Reino Unido e Vietnã.

Hoje, o presidente deve enviar cartas detalhando as novas tarifas. Isso indica uma abordagem mais direta. Segundo ele, negociar com mais de 170 países simultaneamente tem sido “mais complicado do que o esperado“.

Petróleo oscila antes de reunião da Opep+

Os preços do petróleo caem levemente esta manhã. Investidores aguardam a reunião da Opep+, marcada para o fim de semana.

O Brent recua 0,87%, cotado a US$68,21. Já o WTI cai 0,82%, a US$66,44. O volume de negócios está reduzido devido ao feriado nos EUA.

Espera-se que o grupo anuncie novo aumento de produção de 411 mil barris por dia em agosto. Isso mantém o ritmo de reversão dos cortes adotados nos últimos dois anos.

IPP e balança comercial são destaques no Brasil

Por fim, o IBGE divulga hoje o IPP de maio. Em abril, o índice recuou 0,36%. A expectativa indica continuidade da deflação.

Em resumo, nos últimos 12 meses até abril, o IPP acumulou alta de 7,27%. Destaca-se a pressão nas carnes bovinas devido à oferta reduzida.

Em conclusão, a balança comercial de maio registrou superávit de US$7,2 bilhões. Ficou abaixo da projeção de US$8,4 bilhões. No acumulado do ano até maio, o saldo positivo alcança US$24,4 bilhões. O mercado espera novo superávit em junho, porém menor que o de maio.