segunda, 29 de abril de 2024
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Ibovespa e dólar hoje (22): Super Quarta, com Fed e Copom, arcabouço fiscal adiado e balanços

Confira aqui os principais fatores que influenciam os mercados financeiros em todo o mundo nesta quarta-feira (22)

22 março 2023 - 17h25Por Redação SpaceMoney

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Ibovespa e dólar hoje (22)

Nesta quarta-feira (22), o Ibovespa, principal índice acionário da B3, encerrou em queda de 0,77%, aos 100.220,63 pontos. O dólar comercial (compra) recuou 0,17%, a R$ 5,23 nesta quarta.

 

Outros índices

BDRX: -0,48%

Ifix: -0,10%

SMLL: -0,31%

 

Bolsas globais agora

Ásia [Encerrados]

Nikkei 225 (Japão): +1,93%

Shanghai Composite (China): +0,31%

 

Europa [Encerrados] 

DAX 30 (Alemanha): +0,15%

FTSE 100 (Inglaterra): +0,42%

CAC 40 (França): +0,26%

 

EUA [Encerrados]

Dow Jones: -1,63%

S&P 500: +1,65% 

Nasdaq 100: -1,37%

 

EWZ

O iShares MSCI Brazil ETF (EWZ) fechou em queda de 0,65% nesta quarta-feira (22), em NY.

 

Juros futuros (DIs)

Ativo Variação (p.) Último Preço
DI1F24 -0,005

13,015

DI1F25 -0,08

12,045

DI1F26 -0,125

12,075

DI1F28

-0,14

12,515
DI1F30

-0,15

12,90
DI1F32

-0,17

13,06

[Por volta das 17:22]

 

Commodities

Minério de ferro - O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian registrou queda de 2,15% em seus preços, a 865,50 iuanes, o equivalente a US$ 125,70 por tonelada métrica.

 

Petróleo - O petróleo WTI para maio fechou em alta de 1,77%, a US$ 70,90 por barril, nesta quarta-feira (22). O petróleo tipo Brent para maio subiu 1,82%, a US$ 76,69 por barril. 

 

Confira aqui os principais fatores que influenciam os mercados financeiros em todo o mundo nesta quarta-feira (22):

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Brasil

Copom - Nesta quarta-feira (22), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realiza seu segundo e último dia de reuniões para deliberar sobre a trajetória da taxa básica de juros Selic, que está em 13,75% ao ano.

A autarquia, presidida por Roberto Campos Neto (RCN), tem sido alvo de críticas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em sua primeira entrevista ao vivo desde que assumiu a presidência da República em janeiro, o mandatário voltou a criticar a manutenção da taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano. 

“Eu, sinceramente, acho um absurdo. E acho engraçado que o sistema financeiro e alguns editorialistas de jornais achem ruim que a gente critique”, comentou. “Não há razão lógica. Só quem concorda o sistema financeiro, que sobrevive e vive disso e ganha muito dinheiro com especulação”, complementou.

Lula desinterditou o debate sobre o patamar dos juros ao criticar aberto a posição de Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária.

Consecutivamente, políticos influentes como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), também ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, engrossaram as críticas, como fizeram em evento no Rio de Janeiro na última segunda-feira (20).

Para o presidente, Roberto Campos Neto não tem compromisso com a lei de autonomia do órgão. nao tem compromisso com a lei que traz autonomia à autarquia. “A lei diz ser preciso cuidar da inflação e do emprego, coisa que ele não se importa”, enfatizou.

O petista sinalizou que vai continuar a brigar pela redução da taxa de juros, independentemente do que for decidido amanhã e do tom do comunicado do comitê.

Mesmo sem o lançamento do arcabouço fiscal, a equipe econômica de Fernando Haddad avalia que o comitê poderia sinalizar baixa na taxa de juros, com base na reoneração de combustíveis, informou o site Metrópoles.

Ontem (21), centrais sindicais realizaram atos de protesto contra a taxa de juros definida pelo Banco Central (BC). Em São Paulo, o grupo se reuniu em frente à sede do banco, na Avenida Paulista, e fez um churrasco de sardinha.

Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que participou da mobilização, os atos também reivindicam a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), que julga processos administrativos de grandes devedores.

“Em geral, [o Carf] beneficia as empresas sonegadoras, porque a maioria dos conselheiros é empresário”, diz a CUT.

O ato de protesto das centrais sindicais também pede a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que foi indicado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e possui mandato até dezembro de 2024.

 

Balanços

Empresa Código Data Horário
Afya  AFYA 22 de março Depois do fechamento
Braskem BRKM5 22 de março Depois do fechamento
Estapar ALPK3 22 de março Depois do fechamento
LPS  LPSB3 22 de março Depois do fechamento
PetroRecôncavo RECV3 22 de março Depois do fechamento
Sequoia  SEQL3 22 de março Depois do fechamento
Unifique FIQE3 22 de março Depois do fechamento

 

Âncora fiscal - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou, em entrevista, ao contrário do que era especulado, que a apresentação do novo arcabouço fiscal deve ser feito após o término da viagem de sua comitiva à China.

O petista alegou que causaria estranheza divulgar o novo plano e sair em viagem logo em seguida e disse ser necessária a presença de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, para explicar suas diretrizes.

“O projeto ficaria entregue às críticas da oposição. (...) Foi uma decisão bastante sensata, mas não sem desvantagens”, analisou Fernando Gabeira, comentarista político da GloboNews.

Lauro Jardim, do jornal O Globo, informou que o novo marco fiscal agradou a todos, menos a Lula, aparentemente.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), a ministra do Orçamento, Simone Tebet (MDB) e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente, elogiaram o esboço da nova âncora fiscal.

De acordo com a apuração do colunista, na sexta-feira (17), perguntado se o plano já estava pronto para ser anunciado naquele dia mesmo, após a conversa com Lula, Haddad respondeu: "Está nas mãos dele, a Fazenda cumpriu o cronograma".

Já ontem, sua fala foi calibrada, relembra o jornalista. O ministro que o projeto estava a caminho da fase final.

Apesar do revés,  Fernando Haddad, disse estar otimista sobre o governo encontrar equilíbrio entre sustentabilidade fiscal e desenvolvimento sócio-econômico e estimou que as medidas necessárias para isso devem ser aprovadas até o fim deste ano.

De Brasília, Haddad participou, virtualmente, do encerramento do seminário Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI, realizado no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro. 

No Senado Federal, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), voltou a destacar que a análise do novo arcabouço fiscal pelo Congresso Nacional, previsto para as próximas semanas, deve levar em consideração a necessidade de investimentos do governo, especialmente em infraestrutura rodoviária.

E ainda, sobre o texto, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso Nacional, comunicou que as despesas com saúde e educação não deverão ficar de fora da nova regra fiscal.

A relatoria do arcabouço fiscal vai caber a um deputado federal do PP, informou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

 

Resistências no PT - Após os encontros com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na segunda-feira (20), o Ministério da Fazenda ganhou o apoio da cúpula do Congresso para a proposta do arcabouço fiscal, informou Valdo Cruz, do g1 e da GloboNews.

A proposta inclui, entre outros pontos, a intenção de zerar o déficit primário (descompasso entre arrecadação e gastos) já em 2024.

O PT, no entanto, defende uma trajetória de redução do déficit público mais gradual. Isso, porque essa redução exige maior austeridade nas contas públicas – o que o partido vê como uma "compressão" dos investimentos federais.

 

Diretorias do Banco Central (BC) - Lula aprovou as indicações de Fernando Haddad para diretorias do Banco Central. Os indicados são: Rodolfo Fróes, para a Diretoria de Política Monetária, e Rodrigo Monteiro, servidor do Banco Central, para a Diretoria de Fiscalização.

As informações são do g1.

 

INSS: Juros dos consignados - Uma definição sobre o novo teto dos juros do crédito consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai sair até sexta-feira (24), disse o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Sidney Oliveira.

Ele se reuniu com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, nesta tarde para discutir o assunto.

 

Montadoras - Diversas montadoras anunciaram neste mês que vão conceder férias coletivas aos funcionários e paralisar a produção de veículos em suas plantas no Brasil. Os motivos são diversos. Vão desde a falta de equipamentos, agravada pela pandemia de covid-19, até problemas provocados pelo cenário econômico brasileiro, principalmente com a alta dos juros e da inflação, o que levou à queda nas vendas de veículos.

A primeira a interromper a produção foi a Volkswagen, que parou com as atividades em fevereiro em São Bernardo do Campo (SP), São José dos Pinhais (PR) e na fábrica de motores de São Carlos (SP) por falta de peças. As três unidades já voltaram a operar normalmente, mas a montadora anunciou que vai adotar 10 dias de férias coletivas na fábrica de Taubaté (SP), a partir do próximo dia 27, “para manutenção de produção da unidade e também em razão da instabilidade na cadeia de fornecimento de componentes”.

Na Hyundai Motor Brasil, as férias coletivas começaram segunda-feira (20) para os três turnos de produção e equipes administrativas da fábrica em Piracicaba, no interior de São Paulo. As férias coletivas vão até o dia 2 de abril, mas não atingem as operações da fábrica de motores, localizada no mesmo complexo industrial. Segundo a empresa, o objetivo é adequar os volumes de produção para o mês de março, evitando a formação de estoques. A empresa informou que acompanhará a dinâmica do mercado interno de veículos para o primeiro trimestre deste ano.

A Mercedes-Benz do Brasil informou que vai conceder férias coletivas, de forma parcial, na fábrica de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. As férias serão entre os dias 3 de abril e 2 de maio por “necessidade de ajuste no programa de produção”. De acordo com a montadora, a medida é necessária por causa da falta de componentes na indústria automotiva global e nacional e para adequação dos volumes de vendas do mercado de veículos comerciais.

As montadoras GM e Stellantis também vão conceder férias coletivas aos funcionários, paralisando a produção nas fábricas em São José dos Campos, em São Paulo, e Goiana, em Pernambuco.

As informações são da repórter Elaine Patrícia Cruz, da Agência Brasil.

 

EUA

FOMC - Nesta quarta-feira (22), o FOMC, do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), decidiu aumentar a taxa de juros do país em 0,25 ponto percentual. Agora, o intervalo dos juros norte-americanos passa a ser de 4,75% a 5,00%. 

 

Europa

Reino Unido - O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido aumentou de 10,1% em janeiro para 10,4% em fevereiro. Economistas consultados pela Refinitiv esperavam uma desaceleração para 9,9%.

(Reuters)

 

Com informações de Agência Brasil, Broadcast, g1, GloboNews, Reuters e Valor.