sexta, 29 de março de 2024
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Seguradoras precisaram rever contratos para cobrir morte por Covid-19

O sócio responsável pela área de seguros da Blue3 explica que isso aconteceu porque, na maioria das vezes, morte por pandemia era considerado risco excluído de cobertura na grande maioria dos seguros de vida

10 setembro 2021 - 16h06Por Redação SpaceMoney
 - Crédito: Scott Graham via Unsplash

Em 2020, início da pandemia causada pelo novo coronavírus, as contratações de seguro de vida cresceram 26,2%, em relação ao ano anterior, de acordo com os dados da Federação Nacional de Previdência Privada (FenaPrevi). Nos primeiros dois meses deste ano, 2021, as contratações continuaram em alta e tiveram um avanço de 24,9%.  

Isso aconteceu porque, em tempos de COVID-19, as preocupações mudaram. Até o momento desta publicação, o Brasil já registrou mais de 584 mil mortos. 

Com isso, é inevitável perguntar: 

Seguro de vida cobre o novo coronavírus?

A resposta é: depende da seguradora e do produto contratado. Para que o coronavírus passasse a ser coberto em algumas apólices, as seguradoras mudaram as condições gerais de suas coberturas, conforme explica o sócio responsável pela área de seguros da Blue3, Rafael Rezende. “Na maioria das apólices, morte por pandemia ou epidemia era considerada risco excluído, ou seja, sem cobertura pelo seguro de vida. Contudo, de forma excepcional, muitas seguradoras decidiram incluir a COVID-19 e pagar os sinistros decorrentes de mortes ocasionadas pela doença, tanto de novos segurados quanto de antigos”, afirma. 

No entanto, ressalta Rezende, é importante que as pessoas procurem entender as regras que cada seguradora está praticando em relação à COVID-19 antes da contratação de um seguro de vida. “Essa é uma extensão pontual de cobertura que algumas seguradoras estão fazendo para este momento. Então é importante que as pessoas pesquisem as regras de cada companhia de seguros antes da contratação”, finaliza.