Com o anúncio da manutenção da taxa básica de juros brasileira, a Selic em 2% ao ano – sua mínima histórica –, os investidores aumentaram a procura por outros meios de obter retornos financeiros mais atraentes aos seus bolsos. Uma das alternativas são os dividendos, ou seja, a distribuição de lucros de uma empresa.
Essa estratégia de investimentos, se realizada com disciplina e paciência, pode render bons frutos. Porém, antes de começar a investir em dividendos, é preciso entender alguns conceitos e se organizar da melhor maneira possível para não ser pego de surpresa.
Primeiros passos
É fundamental entender como os dividendos funcionam. Por isso, é importante conhecer o dividend yield, índice que mede a rentabilidade dos dividendos de uma empresa em relação ao preço de suas ações. Ele funciona da seguinte maneira: dividem-se os dividendos pagos por ação pelo valor unitário do papel e depois multiplica-se por 100. Por exemplo, se um papel é cotado a R$ 20 e a empresa pagou R$ 1 por ação nos últimos 12 meses, o índice de rentabilidade dela é de 5% ao ano (R$ 1/ R$ 20 x 100).
Organização é essencial
Um aspecto indispensável na hora de montar a carteira de dividendos é escolher empresas que tenham maior rentabilidade, ou seja, maior dividend yield. São elas que repartirão mais dinheiro por ação. Também deve se levar em conta a periodicidade desse pagamento e escolher o mais adequado ao seu perfil: há companhias que remuneram mensalmente, trimestralmente, semestralmente etc.
E atenção: esses investimentos não devem ser “esquecidos”. Se manter atento aos resultados e à performance das companhias que compõem o portfólio é indispensável para trilhar um bom caminho nesse segmento. Além disso, outro ponto a se levar em consideração é a diversificação da carteira – quanto mais diversificada, melhor.
Planejamento também é uma das palavras-chave na hora de investir em dividendos. Quem quer seguir essa estratégia tem de estar disposto a elaborar um plano de metas que incluam aportes mensais para atingir o valor pretendido.