quinta, 25 de abril de 2024
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Ainda vale apostar em técnicas de investidores renomados do mercado de ações no Brasil de 2021?

Estratégias utilizadas por Warren Buffet, Peter Lynch, Luiz Barsi e George Soros ficaram famosas e passaram a ser seguidas por investidores

01 outubro 2021 - 11h18Por Redação SpaceMoney
 - Crédito: Tech Daily via Unsplash

Todo investidor com alguma experiência seguramente já ouviu falar em nomes como Warren Buffet, Peter Lynch, Luiz Barsi ou George Soros e quem está iniciando com certeza em algum momento passará a conhecer essas consagradas personalidades de sucesso do mercado financeiro global e as estratégias que as tornaram bilionárias. 

Porém, fica a dúvida: as táticas utilizadas no passado por esses figurões ainda podem trazer bons retornos para uma carteira de ações da bolsa de valores brasileira, em pleno 2021? Confira!

Algo a ensinar…

Ao procurar por obras biográficas na seção de finanças de uma livraria, ou “dar um Google”, é normal se deparar com ensinamentos e estratégias desses “tubarões” do mercado financeiro, que vêm pautando gerações de investidores. E muitas dessas técnicas consolidadas sem dúvida fazem sentido. Quando Warren Buffet diz que “o risco é você não saber o que está fazendo”, ele está defendendo a estratégia que adota há décadas, de buscar ações de empresas sólidas, líderes em seus respectivos segmentos, que paguem bons dividendos e tenham uma reconhecida prática de boa administração. Nesse caso, Buffet se refere ao que conhecemos na bolsa como as “Blue Chips”, empresas que são “as estrelas” da B3 por serem consideradas bons investimentos para o longo prazo. Saiba mais sobre elas neste texto!

Um exemplo de sucesso na bolsa brasileira que aplica há décadas a retórica de Buffet é Luiz Barsi, um dos maiores investidores pessoa física da B3. Além dos pilares fundamentais da estratégia de Buffet, Barsi acrescenta ainda a importância de buscar ações de companhias que, por algum motivo, estejam sendo negociadas por um preço menor que efetivamente valem e de aplicar a técnica do “comprar e esperar”, apostando na sua valorização em longo prazo.

Conhecido por ser mais arrojado, George Soros é o pai da frase “Não há nada errado em correr riscos, desde que não se arrisque tudo”. Conhecido como “o homem que quebrou o Banco da Inglaterra” — por causa de uma venda a descoberto que lhe rendeu um lucro de US$ 1 bilhão durante a crise monetária do Reino Unido, na chamada “Quarta-Feira Negra”, em 1992—, Soros é um adepto das apostas rápidas e de alta alavancagem. Mais do que um icônico e controverso personagem financeiro contemporâneo, Soros é um ferrenho defensor da ideia de que investimento não é diversão e que, portanto, é preciso manter-se sempre muito bem-informado, seguir a intuição e não se apegar a investimentos, além de aprender – de preferência rápido – com os próprios erros.

Mais “Buffet” ou mais “Soros”? Conheça (e siga) o seu perfil

Todas essas estratégias são válidas, mas qual é a melhor para você? Para descobrir o melhor caminho, primeiramente é importante conhecer o seu perfil de investidor, se é mais conservador, moderado ou agressivo. Ele indicará o quão confortável você está em assumir riscos. Porém, mesmo o mais arrojado dos investidores tem que ter em mente que aplicações não são apostas e que é sempre importante ter um pouco de segurança, utilizando a diversificação para trazer mais estabilidade para a carteira. 

Para o analista de renda variável da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, diferentemente de mercados mais desenvolvidos, como o americano, de onde vem grande parte desses grandes investidores, no Brasil atual é difícil montar uma carteira focada 100% na bolsa. Segundo Komura, a conjuntura do mercado de capitais brasileiro pede que a diversificação siga também para o lado da renda fixa. “A combinação de aplicações em renda fixa prefixada e pós-fixadas pode funcionar como porto-seguro para a carteira enfrentar a volatilidade da bolsa, com parte dos investimentos gerando rentabilidade conhecida já na compra do ativo, enquanto outra estará atrelada a algum indicador econômico — como taxa de juros ou inflação —, oferecendo proteção também contra a flutuação desses índices”, explica. E acrescenta: “A composição da carteira com esses ativos em equilíbrio é o casamento ideal para o nosso cenário, ao combinar um nível de risco bastante adequado para investidores mais conservadores e que seja capaz de responder a momentos de maior volatilidade sem comprometer os ganhos no médio e longo prazo”, afirma o especialista.