Os resultados financeiros da Auren Energia (AURE3) referentes ao primeiro trimestre de 2024 (1T24), foram descritos como "suaves" pelo BTG Pactual, que identifica alguns desafios enfrentados pela companhia durante o período.
No EBTIDA (lucro antes juros) ajustado, a empresa apresentou uma leve queda para R$ 360 milhões, representando um decréscimo de 3,5% em relação às expectativas do banco.
O BTG atribui essa baixa a alguns fatores, incluindo o término de contratos no atacado no braço de geração hidrelétrica da Auren e uma menor geração eólica no segmento renovável.
Nas despesas financeiras líquidas, a companhia apresentou um montante de R$ 109 milhões, enquanto a renda de capital alcançou R$ 67 milhões.
O lucro líquido ajustado ficou abaixo das expectativas do BTG, a R$ 95 milhões, enquanto o banco estimava algo próximo de R$ 108 milhões.
Apesar dessa quebra de expectativas, o BTG também identificou ponto animadores no balanço. A Auren conseguiu garantir novos contratos para 2026 e 2027 a preços entre R$150-R$160/MWh, beneficiando-se do aumento nos preços de energia observado durante o primeiro trimestre de 2024.
Além disso, o banco ressaltou a redução da posição não contratada de energia da empresa para os próximos anos, demonstrando uma gestão eficaz do balanço energético.
No segmento de energia eólica, apesar de uma falha na geração devido a menores velocidades do vento, o EBITDA aumentou 1,6% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo aumento no volume de vendas em contratos de longo prazo e resultados melhorados na comercialização de créditos de carbono.
Com isso, a recomendação do BTG Pactual para a AURE3 segue sendo de compra, com preço-alvo de R$ 14,00 por ação.