sexta, 29 de março de 2024
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"Se não pagar, perde o imóvel, então conte com uma reserva de emergência", aconselha assessor Blue3

Robson Vieira, da área de gestão patrimonial do escritório de investimentos, deu dicas e explicou a importância de se planejar antes de entrar em um financiamento imobiliário

23 setembro 2021 - 15h45Por Gabriel Coccetrone

A pandemia de Covid-19 gerou inúmeras incertezas na vida das pessoas nos últimos meses, principalmente em relação ao futuro, destruindo sonhos e conquistas. Um dos maiores efeitos da crise sanitária foi sem dúvidas na economia dos países, causando uma onda de desemprego e aumento dos preços. No Brasil, os efeitos da pandemia no mercado de trabalho foram significativos. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de desemprego no Brasil bateu recorde atingindo 14,7% no primeiro trimestre deste ano, com 14,8 milhões de pessoas sem ocupação. Desses, 1,956 milhão de cidadãos perderam seus empregos no período de um ano.

Agora, você já imaginou a situação de quem trabalhou por anos para juntar dinheiro e dar entrada em um sonhado imóvel e acabou perdendo o emprego na pandemia? Nesses casos,se não houve bom planejamento patrimonial antes da compra, a saúde financeira estará em risco.

Segundo Robson Vieira, assessor de gestão patrimonial da Blue3, é justamente para essas horas que ter à disposição uma reserva de dinheiro emergencial é fundamental. Afinal, em caso de desemprego você não sabe por quanto tempo ficará sem ter renda recorrente e precisa continuar pagando suas contas.

“Perder o emprego é um exemplo de imprevisto que ninguém está imaginando, mas suas contas continuarão chegando, como água, luz, gasolina e — inclusive — a parcela mensal do financiamento de um imóvel. Por isso é necessário formar a tão famosa reserva de emergência, que pode ser projetada para cobrir entre três e 12 meses dos seus custos fixos, já contemplando a parcela de financiamento do imóvel. Assim, você terá as despesas cobertas até que seja recolocado no mercado e volte a gerar renda”, explica Robson.

Segundo ele, viabilizar o sonho dos clientes de comprar a casa própria sem colocar em risco a saúde financeira é uma das preocupações dos assessores de investimento. “Se o sonho do cliente é comprar um imóvel, o assessor sempre cuidará para que ele não fique sem liquidez para situações emergenciais por ignorar esse risco de ter gastos imprevistos, que são comuns no dia a dia. É comum que as pessoas utilizem suas economias e até mesmo entrem em décadas de dívidas para a realização da compra da casa própria. Entretanto, esse planejamento precisa ser orientado por um especialista para que seja possível realizar o sonho sem que seja necessário abrir mão de todas as economias, evitando novas dívidas em caso de emergências, evitando, por exemplo, empréstimos pessoais, que têm custo muito alto”, explica.

E o que acontece com quem que fez um financiamento de um imóvel, perdeu o emprego, não tem uma reserva de emergência e fica sem pagar as parcelas?

“Perde o imóvel. Simples assim. Poucas pessoas entendem que, em um financiamento, o banco é que é dono do seu imóvel pelos próximos 10, 20 ou 30 anos. Somente no final é que o imóvel é seu. Portanto, faça sua reserva de emergência e não desfaça para dar entrada um imóvel. Além disso, não submeta mais que 20% do seu orçamento mensal com as parcelas e procure alternativas em várias instituições de crédito. Na Blue3, por exemplo, você tem a opção de utilizar os seus investimentos como garantia para obter juros extremamente menores que o mercado pratica, sem ter de sacar seus investimentos para realizar esse sonho. ‘O planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas sim com o futuro de decisões presentes’, como diria Peter Drucker”, ressalta o assessor de gestão patrimonial.

Como se planejar?

Uma das maiores ambições do brasileiro é conseguir comprar o primeiro imóvel. De acordo com o estudo da Datastore, empresa especializada em pesquisas sobre o mercado imobiliário, realizado em todo o Brasil entre maio e junho deste ano, revelou que 14,6 milhões de famílias pretendem adquirir um imóvel nos próximos 24 meses e 8,7 milhões em até 12 meses.

Para quem tem esse objetivo na vida, uma das maiores dúvidas é como ter segurança no futuro, afinal, a compra de um imóvel é uma das maiores decisões financeiras que você vai tomar e por isso requer muita responsabilidade e pés no chão.

Para Robson Vieira, “a segurança no futuro está na disciplina” e para isso é preciso ter autocontrole e seguir à risca seus objetivos. “A constância de aportes conta mais para alcançar um resultado almejado do que promessas de rentabilidade que somos bombardeados diariamente. É importante investir no seu legado, no que você tem controle. Já que não é possível prometer rentabilidade, é possível se comprometer consigo próprio, com seus objetivos, por meio de aplicações periódicas. Estamos em um momento em que todos falam de ganhos exorbitantes, com promessas de alta rentabilidade ‘garantida’, mas isso não existe. Cuidado com as promessas de ganhos fáceis. Nesse jogo, quem vence é a disciplina”, afirma.

Por se tratar de uma decisão importante para sua vida e que pode acabar se tornando um pesadelo se não for bem planejada, uma dica que o assessor de gestão patrimonial da Blue3 dá é de consultar quem entende do assunto.

“Um corretor de imóveis que já atua na região, que sabe se os preços estão altos ou baixos no momento, que conhece a vizinhança... Se quando sentimos uma dor no peito procuramos um cardiologista, porque na hora de adquirir bem mais importante de nossas vidas seria diferente?”, ressalta Robson.

Outra dica importante é aproveitar as oportunidades que o mercado de crédito bancário oferece atualmente, como o Open Banking, movimento que está chegando para mudar a forma como os bancos “disputam” para fornecer crédito para os clientes. Leia mais abaixo. “Após escolhido o imóvel, aproveite o Open Banking. Leve a proposta de um banco A até o gerente do banco B. Pergunte quais são as vantagens, o quanto ele consegue reduzir de taxa, de seguro obrigatório, do famoso CET (Custo Efetivo Total). Ele é quem manda se a negociação que você fez está boa ou não”, finaliza Robson Vieira.

O que é Open Banking?

Também conhecido como Sistema Financeiro Aberto, é um sistema de compartilhamento de dados financeiros de forma padronizada. Em uma única plataforma, as diferentes instituições bancárias têm acesso aos dados de clientes para oferecer produtos e serviços personalizados para cada tipo de perfil.

O sistema facilita a concessão de crédito, com taxas mais adequadas para cada caso, e serve para comparação de serviços entre as instituições financeiras, como seguros, rentabilidade de investimentos e demais produtos.

O principal objetivo do Open Banking é de criar produtos e serviços personalizados para cada perfil, como se fosse ‘sob medida’, se baseando nos dados de consumo, renda e transações.